Polícia Federal investiga suspeito de financiar e induzir indígenas a autorizar desmatamento

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 15, a “Operação Ouroboros” com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Guaraí/TO na residência de um suspeito de ser um dos maiores desmatadores da Terra Indígena Xerente.


O território Xerente é composto pelas Terras Indígenas Xerente e Funil localizado no cerrado do Estado do Tocantins, no lado leste do rio Tocantins, a 70 km da capital, Palmas/TO. De acordo com investigações da Polícia Federal, o investigado foi citado por diversas testemunhas como sendo o responsável por desmatar, financiar, comprar e vender madeira retirada na TI mencionada e, segundo lideranças indígenas e demais testemunhas a prática acontece há alguns anos com ajuda de terceiros.


O suspeito agiria cooptando indígenas para que consentissem com o desmatamento, bem como adquirindo a madeira extraída e revendendo o produto de origem ilegal a receptadores da região de Pedro Afonso/TO e Guaraí/TO.


A medida de hoje, visa a elucidar os fatos e a angariar provas dos crimes, com a identificação dos demais envolvidos com a extração, receptação e comércio ilegais de madeira. O suspeito poderá responder pelos crimes previstos nos artigos 38 e 50-A da Lei 9.605/98, lei de crimes e infrações ambientais, cujas penas podem chegar a sete anos de reclusão, dentre outros crimes.


A preservação ambiental e a extração racional e regular dos recursos naturais são essenciais à vida. Ouroboros é a representação gráfica de um dragão, em forma circular, engolindo a própria cauda. O codinome da operação é uma referência às consequências que o homem pode sofrer a partir da degradação da natureza provocada por sua atuação ilegal.

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