Duas frentes de forças poderosas estariam se mexendo em Brasília, para tentar conseguir, em dois locais diferentes a mesma coisa. Uma seria encabeçada pelo senador Irajá Silvestre e sua mãe Kátia Abreu, juntamente com um ex-deputado estadual pré-candidato em Palmas, e outra, pelo senador Eduardo Gomes. Os alvos dessas forças ficam a critério da imaginação do leitor.

Um empresário de Porto Nacional, que foi um dos alvos da operação da Polícia Federal na secretaria estadual da Saúde, tem um negócio que cresceu vertiginosamente, a sua ficha corrida não é dos melhores, e com o avançar das investigações, pode até vir a fazer delação. Nesse caso, um parlamentar federal estaria seriamente envolvido.

A passagem do deputado Antônio Andrade na presidência da Assembleia Legislativa, onde ficou por quatro anos, deixou um rombo muito grande, e o estrago não ficou não só nas contas, com a relação espúria com prestadores de serviços, principalmente com uma agência de publicidade que ficou famosa pela fortuna recebida, mas também literalmente nas instalações físicas, que não tiveram manutenção devida.

E pasmem! Várias pessoas vieram me relatar que o Antônio Andrade, atualmente deputado federal, antes de deixar a presidência da Assembleia, teria recolhido cerca de 60 IPhones que estavam a serviço de funcionários, e não teria devolvido para a Casa. Isso mesmo, não teria devolvido! Será que o Antônio Andrade queria montar uma loja da Apple? Da Vivo, da Claro. Com a palavra, o nobre parlamentar para explicar essa situação.

E o processo político em Porto Nacional promete novas e emocionante surpresas, com um velho e conhecido líder da cidade. Já virou assunto nas rodadas de conversas, a movimentação do ex-prefeito Otoniel Andrade, visitando e consultando antigos companheiros. O assunto, seria a formação de um grupo para concorrer à prefeitura da cidade.

Otoniel Andrade vem expressando aos seus amigos e aliados, sua mágoa com o irmão, o deputado federal Antônio Andrade, que não o ajudou nas eleições do 2022, quando Otoniel disputou sem sucesso o mandato de deputado estadual. Por isso, Otoniel não hesita em afirmar que Antônio Andrade, seu irmão, tem que honrar os votos que recebeu para deputado federal, terminar o seu mandato e dar oportunidade para outras lideranças, no caso ele mesmo, claro.

Há assessores que podem atender pelo nome de Deus - em que pese a heresia, contrastando com seus chefes maiores, que são mais simples, e que eles sim, tem poder, pois foram capazes de conquistar o voto dos eleitores para chegar aonde chegaram. Já vi muito esse filme, ele se repete gestões após gestões, e eu sempre sei como termina.

O sujeito bota um crachá no peito, senta numa cadeira e passa a ver tudo e todos a sua volta com o olhar superior de quem acha que está no Olimpo, querendo dar ordens e interferir até nas empresas privadas, com isso atrapalhando e prejudicando os seus chefes que ainda não perceberam as tais atitudes.

Nem governos, nem prefeituras estão imunes aos tais deuses. No caso do governo do Tocantins, pode se dizer que o Wanderlei Barbosa, um homem simples, curraleiro, é o oposto desse tipo de gente, o que denota o contraste.

Eu sei como a história começa e sei muito bem como termina. Se não mudarem, darei os nomes dos “deuses” e os exemplos das situações. Aliás, só para lembrar aos que estão morando no firmamento, contrastando com seus chefes, que ninguém é insubstituível. Nem quem foi eleito pelo voto do povo, que o diga Marcelo Miranda e Mauro Carlesse, e entre prefeitos também, com alguns já afastados.

O pior, nessa história, são as pessoas desprezadas e maltratadas - entre os servidores das gestões, e os que são de fora, terem noção de que os tais “deuses” não resistem à tentação do vil metal. São depois pilhados e flagrados com a mão na botija, ou seja, dilapidando o erário público, fazendo com que o dinheiro do povo vá parar em seus bolsos, como comprovam o histórico de operações da Polícia Federal no Tocantins.

Otoniel Andrade não hesita em afirmar em Porto Nacional, que Antônio Andrade, seu irmão, tem que honrar os votos que recebeu para deputado federal, terminar o seu mandato e dar oportunidade para outras lideranças disputarem a prefeitura, no caso Otoniel mesmo, claro!

Era só o que faltava! Tem gente afastada do cargo, que colocou o sócio no lugar. E eu vejo, e escuto muito bem.

O colega Luiz Armando, quando citou no seu texto o nome de Sonia Miranda, colocou entre parênteses o nome do meu jornal Primeira Página, como se Sonia trabalhasse no jornal, o que não ocorre. Informado, Luiz Armando corrigiu o equívoco. Sônia, tampouco é jornalista.

Edmilson das Virgens Vieira, o secretário do Desenvolvimento da prefeitura de Palmas, que foi preso na operação da Polícia Federal e depois exonerado, ainda mantém seus tentáculos na administração. Estes permaneceram intocáveis nas mudanças feitas na noite de segunda-feira.