Governo volta a suspender cobrança do estacionamento na rodoviária de Palmas

O Governo do Tocantins, por meio da Agência Tocantinense de Regulação – ATR, voltou a suspender a cobrança do estacionamento na rodoviária de Palmas. A cobrança seria retomada ontem (04), após novos ajustes no formato da arrecadação por parte da Loja Maçônica Luz Pioneira, que é responsável pela administração do terminal.

Em entrevista ao Jornal Primeira Página nesta terça-feira, 05, o presidente da ATR, Israel Guimarães Junior, informou que a cobrança está “suspensa até segunda ordem”. O motivo que levou o pedido, conforme apurado, foi novamente o início da cobrança sem a devida autorização do Governo do Estado.

Essa não é a primeira vez que a agência precisou intervir no assunto. O primeiro anúncio da cobrança, previsto para o início de fevereiro, também foi suspenso por meio de uma notificação da própria ATR.

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Na ocasião, a Loja Maçônica Luz Pioneira não havia comunicado previamente sobre a cobrança, impossibilitando o Governo de discutir sobre o formato proposto.

Nos bastidores, a Loja Maçônica Luz Pioneira está agindo de forma unilateral, sem dialogar com as partes interessadas, e impondo mudanças na gestão da rodoviária de forma precipitada e acelerada.

O Jornal Primeira Página solicitou uma nota da loja maçônica sobre o tema. Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno. Espaço para manifestação segue aberto.

Após reclamações, loja maçônica altera formato de cobrança

A administração do terminal, após uma série de reportagens especiais do Jornal Primeira Página publicadas em fevereiro (acesse os links ao final), ajustou as cancelas do estacionamento em um novo local, desta vez na entrada e saída dos bolsões de vagas.

Anteriormente, a estrutura estava instalada em uma via pública, na entrada do terminal. Além disso, o tempo mínimo de permanência sem cobrança foi aumentado de 5 para 15 minutos.

As reportagens especiais também denunciaram um cenário de ameaças e intimidações por parte da gestão da rodoviária, que está sob responsabilidade da Loja Maçônica Luz Pioneira há quase 30 anos, através de contratos provisórios renovados junto ao Governo do Estado do Tocantins pela ATR.

Essas ameaças começaram a surgir em julho de 2023, quando a Loja Maçônica anunciou a implantação de uma taxa chamada “Rateio”, visando dividir as despesas operacionais do terminal entre os mais de 50 permissionários que atuam no local. Essas despesas incluem manutenção dos espaços comuns, salários, produtos de limpeza, energia e outros.

No entanto, o dirigente da Loja Maçônica, Eder Mendonça, negou quaisquer ameaças e afirmou que a cobrança está de acordo com um contrato assinado com os comerciantes no ano anterior.

Confira as reportagens especiais publicadas sobre a rodoviária de Palmas.

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