Tocantins lidera ranking entre aqueles que pensam em adotar uma criança

É celebrado na quinta-feira, 25, o Dia Nacional da Adoção. A passagem da data vem principalmente enfatizar o quanto é importante oferecer um lar para crianças e adolescentes que não tiveram a chance de crescer junto a uma família. Adotar é um ato de amor, mas também de consciência, e conforme informações do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Brasil existem quase 34 mil crianças e adolescentes abrigados em casas de acolhimento e instituições públicas semelhantes. 

A respeito do tema, o último estudo realizado pela Famivita apontou que 61% dos brasileiros e brasileiras cogitam a adoção, sendo ela vista como uma alternativa. Nesse recorte, 28% dos participantes levariam em consideração a idade e/ou a aparência da criança. Os dados coletados também mostraram que Tocantins é o Estado em que mais pessoas veem a adoção como uma possibilidade, com 79% dos entrevistados respondendo positivamente. 

A região liderou, igualmente, no que diz respeito à pergunta sobre não se importar com a idade e/ou aparência da criança, com 81% destacando não levar tal aspecto em consideração. 

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Em Goiás e no Maranhão, o número de entrevistados que relataram se verem adotando uma criança foi de 65% e 53%, respectivamente. O Piauí aparece no ranking com 59% e a Bahia com 61%. Já Pará e Mato Grosso figuram no gráfico com 67% e 60%, respectivamente. 

Conforme os dados coletados no estudo da Famivita, entre as pessoas que têm dificuldades para engravidar, 67% assinalaram pensar a respeito do tema. Já entre as pessoas com filhos, 58% disseram que a adoção é uma possibilidade, contra 64% das pessoas sem filhos. Entre as mulheres, 74% pontuaram não se importar com a idade e aparência, contra 57% dos homens. 

À procura de um perfil

Estima-se que haja no país aproximadamente 43 mil casais pretendendo adotar uma criança – um número bastante superior aos infantes disponíveis para esse processo, posto que cerca de 4 mil estão prontos para a adoção, no Brasil. 

A questão, porém, segundo profissionais da área, é que a maioria dos candidatos a adotantes demonstra preferências que são parecidas. Assim, há muitos candidatos a adotantes concorrendo pela adoção das mesmas crianças. Crianças brancas, sem irmãos, sem deficiência física ou cognitiva e com baixa idade costumam ser o perfil mais escolhido. 

Outro ponto abordado pelos especialistas é que há um forte componente cultural envolvido, os chamados “laços de sangue”, ou seja, a consanguinidade. Assim, ocorre com certa frequência de os adotantes terem em vista semelhanças físicas, buscando uma espécie de comprovação dessa vinculação biológica, preferindo uma criança ainda bebê e que apresente traços físicos similares aos da família pela qual será adotada.

Com tantos elementos e subjetividades atravessando o tema, boa parte dos casais geralmente passa do tratamento da infertilidade para a adoção, após esgotar as opções médicas disponíveis, procurando antes ter certeza que a gravidez biológica está fora do seu alcance. Vale ressaltar o quanto o caminho da adoção exige um enfoque diferenciado e um olhar sensível, não apenas da perspectiva de quem adota, mas do que é melhor para a pessoa adotada.

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