Com o governo Lula, que significa uma espécie de alvará para os movimentos do MST, o clima no campo voltou a ficar tenso frente a algumas invasões de terras que vem sendo patrocinadas pelo movimento em alguns estados.

Inclusive, o Tocantins já entrou nesse rol, pois há alguns dias tentaram invadir uma fazenda no município de Marianópolis, que é uma região onde a atividade agrícola está em franca expansão, e que frente a esse cenário, poderá ser freada.

Por esse motivo e tantos outros, que antes das eleições produtores rurais já avisavam que cortariam investimentos e fariam demissões. Na época, foram denunciados como chantagistas, bolsonaristas, etc. Mas, afinal, quem quer ampliar seus negócios e colocar seu dinheiro num ambiente de tantas incertezas?

Ciente da situação, a Federação da Agricultura do Tocantins - FAET, realizou na sexta-feira, dia 03, uma reunião para apresentação dos objetivos da sua Comissão de Assuntos Jurídicos, com a presença do diretor jurídico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, Rudy Ferraz, sendo concedida entrevista coletiva depois do encontro.

A questão do transporte coletivo em Palmas prova que o velho Chacrinha estava mais do que certo, ao dizer que quem não se comunica, se estrumbica. Antes de assumir o serviço, que naturalmente iria enfrentar problemas, a prefeita Cinthia deveria ter preparado com bastante antecedência o terreno junto à população.

Uma das formas de preparar o terreno, seria fazer uma boa comunicação dos motivos para estar encampando o serviço, de tal forma, que mesmo enfrentando problemas, os usuários poderiam entender e dar razão à prefeitura, voltando-se então contra as empresas que tinham a concessão, e não contra a administração.

A prefeita Cinthia Ribeiro, ainda que tarde, parece finalmente ter entendido isso, ao convocar uma entrevista coletiva para divulgar todos os dados sobre o transporte coletivo dos últimos 30 anos, prometendo “abrir o baú” sobre o assunto. Lembrando que Cinthia conviveu com esse “baú” por quase cinco anos, desde que assumiu em 2018, conquistando a reeleição em 2020.

Usuária ativa das redes sociais, a prefeita também deve ter entendido que comunicar bem, e ainda mais um problema de tamanha monta, é ir muito além de posts no Twitter e Instagram. Depois de mais de 20 anos de convivência plena com a internet no Brasil e cerca de 15 anos das redes sociais, já se sabe que elas não substituíram a imprensa tradicional. As redes sociais devem repercutir e ampliar a comunicação feita pela imprensa profissional.

Como resultado, grande parte para aplacar a insatisfação dos usuários com os transtornos, a prefeita na sua coletiva anunciou melhorias e diversos benefícios ao novo sistema, que será chamado de Meu Busão. A gratuidade das passagens vai até esta segunda-feira, dia 06. O valor da passagem não terá aumento, continua em R$ 3,85. A tarifa será zero nos fins de semana e feriados.

O curioso é que a ex-prefeita de Palmas Nilmar Ruiz viveu há 20 anos situação parecida, ao não informar bem a população sobre as mudanças com o terminal de integração que ela implantou, o que gerou um grande caos na época e muita insatisfação por parte dos usuários. Em 2004, Nilmar foi derrotada ao tentar a reeleição.

Outra coisa, veículo de comunicação, para comunicar bem, não pode ter imagem de porta voz do gestor, isso não é jornalismo, isso é assessoria de comunicação! Alguns exageram tanto, que parecem mesmo é agencia de publicidade. Não só elogiam, como defendem o gestor e partem para atacar adversários que ousam criticar. Vergonha alheia!

A BRK Ambiental é outro problema sério para o povo de Palmas e do Tocantins! Como pode a menor capital brasileira, e um dos estados mais pobres do Brasil conviver com tarifas de água absurdas? Pagar 80% de taxa de esgoto? Rever a concessão da agua em Palmas foi promessa de campanha do Amastha, que depois fez conchavos com a companhia, uma multinacional do Canadá.

Pela segunda vez, a Câmara de Palmas vai abrir uma CPI para investigar a concessão dos serviços de água e esgoto sanitário à BRK Ambiental. O autor do requerimento é o vereador Eudes Assis. Até os membros já foram definidos. Resta perguntar porque a primeira instalada em 2020 não avançou. Foi ano de eleição municipal.

O presidente vereador Folha explicou que “existe uma insatisfação por parte da população com os serviços prestados pela BRK Ambiental e, além disso, a empresa tem faltado com transparência, tendo em vista que sempre dificultou o trabalho de fiscalização da Agência de Regulação de Palmas.

Durante a sessão extraordinária, os líderes dos blocos partidários realizaram a indicação dos membros da CPI e de seus respectivos suplentes. O bloco dos partidos PSD, União Brasil e Solidariedade indicou como titulares os vereadores Rubens Uchôa (União Brasil) e Rogério Freitas (PSD) e como suplentes Pedro Cardoso (União) e Marilon Barbosa (União).