Quem não permite alternância de poder e se agarra com unhas e dentes ao cargo que ocupa, como Leomar Quintanilha na presidência da Federação Tocantinense de Futebol - FTF, não pode falar em democracia.
Leomar Quintanilha não arreda o pé da presidência da Federação Tocantinense de Futebol, onde está há 36 anos, porque além das mordomias que desfruta, o salário é milionário.
Foi divulgado que o salário de Leomar Quintanilha, assim como de outros presidentes - numa oferta generosa do enrolado presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, subiu para R$ 215 mil. Leomar negou, mas também não informou o valor que ganha.
O Governo do Tocantins publicou um decreto que reajusta em até 200% as mensalidades do plano de saúde Servir para dependentes indiretos, sem alterar os valores pagos
O senador Eduardo Gomes, que já demonstrou intenção de se candidatar a governador do Tocantins, nas eleições do ano que vem, tem um problema pela frente: o seu imenso telhado de vidro, com o mais visível sendo os recursos da Codevasf - a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. Coisa na casa de bilhões de reais.
Por falar nas eleições do ano que vem, a lógica diz que o governador Wanderlei Barbosa vai acabar renunciando ao governo em abril de 2026, única forma de viabilizar sua candidatura ao Senado - que tem duas vagas em jogo, bem como uma candidatura da sua esposa, a Karynne Sotero, que a julgar pela movimentação dela, é candidatíssima nas próximas eleições.
Há no momento uma guerra franca entre Wanderlei e seu vice Laurez Moreira. Este articulou sim, por bastante tempo, o afastamento do governador, com a ajuda de nomes de peso em Brasilia, já que o Tocantins fez história nessa seara, com o próprio Wanderlei tendo ocupado o lugar de Mauro Carlesse, após seu afastamento e por fim, desistência do mantato.
Para mágoa de Wanderlei, Laurez manteve tratativas sobre um possível afastamento, até durante a festa de casamento da filha do governador, no Nordeste, para a qual o vice foi convidado, isso lá no final de 2023. Contudo, se a lógica imperar – o que não acontece sempre em política, os ânimos de ambos os lados devem ir serenando. E claro, vão dizer depois que “é pelo bem do Tocantins”.
Impressionante como impera no Tocantins a prática velhaca de concentração e continuísmo do poder. É o nepotismo na política. São os casos de parentesco entre os políticos, quando a mãe e/ou pai, e/ou marido/esposa, tios, sobrinhos, primos, etc, também conquistam um mandato na esteira do familiar.
O negócio em família, começa quando um dos membros chega ao poder, e usando desse poder – político e econômico (com o dinheiro do contribuinte), o número um dá um senhor empurrão na candidatura do parente.
Quem tem estômago para acompanhar a política tocantinense de perto, sabe de cor os casos de dupla pai/filho, marido/mulher, trio até de irmão/irmãos, tios/sobrinhos. Isso vem ocorrendo desde a criação do Tocantins. Mas não é difícil lembrar, basta olhar os sobrenomes.
E não adianta fazer como o senador Irajá Abreu, que na eleição de 2022, quando concorreu ao governo do Estado, escondeu dos eleitores, o sobrenome Abreu, que utilizou durante vida inteira, preferindo se apresentar com o seu outro sobrenome, Silvestre, para se afastar da imagem da mãe Kátia Abreu, já muito desgastada, e que foi derrotada na sua tentativa de reeleição.
Quando o parente não engata uma carreira na política, vai ocupar cargos importantes na gestão do poderoso de plantão, apesar dos esforços dispendidos pela justiça para colocar fim nessa prática. É a concentração de poder na sua essência. E que facilita a corrupção.
Aliás, há casos em que esses cargos são dados aos parentes, para alavancar candidaturas à reeleição do poderoso, ou quiçá, serve também a uma pretensão política futura dos próprios parentes.
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