Araguaína é alvo de operação da PF sobre fraudes na saúde do Piauí

Por Redação em 30 set, 2025

PF prende duas pessoas em operação contra fraudes em contratos milionários na saúde do Piauí — Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU/PI) e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI), deflagrou nesta terça-feira (30) as operações Omni e Difusão, com o objetivo de desarticular esquemas criminosos milionários envolvendo contratos da saúde pública no estado.

Operação Omni

No âmbito da Operação Omni, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão em diferentes cidades do país: Teresina, Timon (MA), Araguaína (TO), Brasília (DF), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Curitiba (PR).

A Justiça Federal também determinou a suspensão de contratos, o afastamento de um servidor público e o bloqueio de cerca de R$ 66 milhões dos investigados.

As apurações identificaram indícios de direcionamento e conluio em chamamento público da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) para a contratação da Organização Social de Saúde (OSS) responsável pela gestão de hospitais estaduais, em especial o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba.

Os contratos sob investigação envolvem suspeitas de superfaturamento, lavagem de dinheiro, conflito de interesses e falsidade ideológica, incluindo a aquisição de software de gestão hospitalar.

Operação Difusão

Já a Operação Difusão mira contratações irregulares realizadas pela Sesapi e pela Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS). Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Teresina, Imperatriz (MA) e Marco (CE), além do afastamento cautelar de uma servidora pública de suas funções.

As apurações começaram após denúncias apresentadas à CGU e ao Ministério Público Federal sobre supostas irregularidades em processos de contratação para prestação de serviços de hemodiálise e diálise peritoneal à beira leito. Há indícios de favorecimento de empresas ligadas a agentes públicos.

Segundo a Polícia Federal, os investigados poderão responder por crimes como fraude em licitação, corrupção, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.