Influenciadora Karol Digital, mãe e namorado devem responder por organização criminosa

A Justiça do Tocantins aceitou, nesta terça-feira (30), denúncia do Ministério Público Estadual (MPTO) contra a influenciadora Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital, presa em agosto durante a Operação Fraus da Polícia Civil. Ela e outros três investigados passam agora à condição de réus em processo que apura crimes ligados à exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A denúncia foi protocolada pela 1ª Promotoria de Justiça de Araguaína e inclui, além da influenciadora, o namorado Dhemerson Rezende, a mãe dela, Maria Luzia Campos, e o consultor financeiro Cristiano Arruda da Silva.

Crimes atribuídos a cada réu

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  • Maria Karollyny Campos Ferreira – exploração de jogos de azar, crime contra a economia popular, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
  • Dhemerson Rezende Costa – organização criminosa, lavagem de dinheiro, exploração de jogos de azar e crime contra a economia popular.
  • Maria Luzia Campos de Miranda – organização criminosa e lavagem de dinheiro.
  • Cristiano Arruda da Silva – organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Denúncia do MP

Segundo o Ministério Público, Karol controlava ações nas redes sociais, promovia diretamente os jogos de azar e recebia a maior parte dos valores movimentados. Dhemerson Rezende a incentivava a manter o esquema e administrava parte dos recursos. A mãe da influenciadora, Maria Luzia, teria gerido imóveis comprados com dinheiro ilícito, alugando-os e repassando valores. Já o consultor Cristiano Arruda seria responsável por estratégias financeiras para ocultar patrimônio, inclusive criando uma holding.

Prisão e bens apreendidos

Karol Digital foi presa em 22 de agosto de 2025, em Araguaína, e segue na Unidade Penal Feminina de Ananás. O namorado está na Casa de Prisão Provisória de Araguaína. Durante a operação, a polícia apreendeu sete veículos de luxo, avaliados em mais de R$ 5,5 milhões, entre eles uma McLaren de R$ 3,1 milhões e um Porsche de R$ 979 mil.

A Justiça determinou ainda a apreensão de sete imóveis, incluindo a chamada “Mansão da Digital”, usada para sediar um reality show em agosto.

As investigações apontam que o grupo movimentou R$ 217,6 milhões entre 2019 e 2024, por meio de plataformas de jogos de azar e empresas de intermediação de pagamentos.

Defesa

O advogado Juvenal Klayber, que representa Karol, Dhemerson e Maria Luzia, afirmou em nota que recebe a denúncia com tranquilidade e que a inocência dos acusados será comprovada ao final do processo.

Já a defesa de Cristiano Arruda sustentou que sua atuação se limitou ao exercício regular da contabilidade, sem envolvimento nos fatos investigados, e também confia na absolvição.

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