Candidata Lúcia Viana responde sobre homossexualidade, aborto, legalização da cannabis e religiões africanas

O Jornal Primeira Página retoma nesta terça-feira, 20 de agosto, a série especial de reportagens com as respostas dos candidatos à Prefeitura de Palmas sobre temas que afetam diretamente a vida dos cidadãos e que estão no centro do debate sobre direitos civis, liberdades individuais e políticas públicas.

Com exceção do candidato Júnior Geo (PSDB) e de sua vice, Pastora Ivanete Lima (PSDB), todos os outros três candidatos em Palmas responderam às perguntas elaboradas pelo Jornal Primeira Página.

A primeira reportagem desta série foi publicada na segunda-feira, 19, com o candidato Eduardo Siqueira Campos (Podemos). Na próxima quarta-feira, 21, será a vez da candidata Janad Valcari (PL).

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Confira aqui as respostas da candidata Lúcia Viana (PSOL) às perguntas elaboradas pelo Jornal Primeira Página.

Homossexualidade, casamento homoafetivo, adoção e direito de manifestação irrestrita

Quanto ao tema homossexualidade, a candidata Lúcia Viana foi breve, porém direta sobre o assunto: “A legislação brasileira é clara sobre o casamento homoafetivo, um direito importante defendido pelo meu partido – PSOL -. Assim como a adoção por casais homoafetivos. Enquanto candidata a prefeita, sendo eleita, vou atuar para que a legislação seja cumprida e implementar ações de combate à discriminação e condutas de ódio.”

Religiões de matrizes africanas

Em relação à promoção e apoio de atividades e eventos voltados às religiões de matrizes africanas, a candidata do PSOL também foi objetiva e afirmou que, caso eleita, irá incorporar no calendário municipal atividades para esse segmento.

“Ouvindo todos os segmentos. A gestão PSOL-REDE terá espaços permanentes de diálogo com todas as organizações sociais e religiosas. E os recursos destinados para ações culturais de cunho religioso serão distribuídos de forma a atender todos os grupos, fomentando a diversidade.”

Direito ao aborto

Sobre o aborto, Lúcia Viana destacou que “a legislação brasileira já prevê aborto em três situações: estupro, feto com anencefalia e risco de vida à mãe; direitos que serão assegurados”.

A candidata continuou afirmando que “as mulheres de Palmas terão, na Gestão Municipal, apoio e acolhimento com a construção do hospital municipal, onde poderemos iniciar a regulação e procedimentos de alta complexidade”.

Por fim, concluiu indicando que “enquanto candidata a prefeita e, sendo eleita, cumprirei a legislação. Enquanto mulher, feminista e militante do PSOL, seguirei defendendo a legalização do aborto e que as mulheres possam ter autonomia de fato sobre seus corpos”.

Legalização da cannabis

Na última pergunta desta série especial do Jornal Primeira Página, a candidata respondeu a respeito da legalização da cannabis. Em sua resposta, Lúcia comentou sobre a atuação do Congresso Nacional.

“O Congresso precisa atuar com mais racionalidade, com base na ciência e com menos dogma religioso e proselitismo político. A legalização da cannabis, ou na linguagem popular, da maconha, é uma demanda que deveria estar sendo discutida com seriedade pelos nossos parlamentares, no sentido de legalizar. Mas, sem avanço e racionalidade, eles tentam impedir o debate no Judiciário, que está respondendo a uma demanda da sociedade. É absurdo o número de jovens e mulheres sendo presos por tráfico de maconha. Temos que avançar nesse debate, e o PSOL seguirá fazendo o bom debate no Congresso Nacional”.

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