Contrato emergencial firmado por Palmas para transporte escolar rural é alvo de investigação do MPTO

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, instaurou, nesta terça-feira, 27, Inquérito Civil Público para apurar a legalidade e as consequências do contrato firmado pela Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed), para prestação de serviços de transporte escolar rural na Capital.

A contratação, em valor superior a R$ 24 milhões, foi firmada de forma emergencial, com dispensa de licitação, para o período de seis meses. O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial do Município em 5 de fevereiro de 2024.

O MPTO requisita, em um prazo de 10 dias, que o Município de Palmas informe os motivos de persistir a ausência de licitação para os serviços em questão, bem como dados sobre a conclusão da licitação para o serviço de transporte escolar rural, e que justifique a permanência de alunos sem transporte escolar mesmo diante da nova contratação, em valor  acima de 24 milhões de reais.

Anúncio no meio do texto

O promotor de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva, responsável pelas investigações, cita que os serviços de transporte escolar rural de Palmas já foram objeto de dispensa de licitação em 2023, também por alegada emergência, e que são objeto do Inquérito Civil.

Ele usa como base um recente entendimento da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), (REsp n. 1.760.128/SP) que considerou que contratações emergenciais geradas por desídia (descuido), culposa ou dolosa, do agente público, para atender demanda legítima em favor do interesse público, não caracterizam a hipótese de dispensa de licitação.

Leia também

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais