Sobe para 16 o número de casos de sarampo no Tocantins; cobertura vacinal segue abaixo da meta

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) notificou, até o domingo (27), 16 casos de sarampo no município de Campos Lindos, a cerca de 560 km de Palmas. Do total, nove foram confirmados por exames laboratoriais e sete seguem em investigação. Todos os infectados têm histórico de contato com pessoas que viajaram a países onde o vírus ainda circula. Nenhum dos casos havia sido vacinado, e todos seguem em cuidados domiciliares.

Desde o dia 19 de julho, a SES-TO mantém equipes de vigilância em saúde no município para conter o avanço da doença, por meio de ações como isolamento de casos suspeitos e vacinação de contatos próximos. A operação conta com dez técnicos estaduais, quatro profissionais do Ministério da Saúde e equipes municipais. Até o momento, foram visitadas 410 residências e aplicadas 913 doses da vacina tríplice viral.

A secretaria também emitiu nota técnica aos 139 municípios tocantinenses com orientações para intensificação da vigilância, reforço da vacinação e protocolos de notificação e isolamento.

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Situação vacinal no estado

Apesar da disponibilidade do imunizante em mais de 300 salas de vacinação em todo o estado, a cobertura vacinal segue abaixo do ideal. Em 2024, 93% do público-alvo recebeu a primeira dose da tríplice viral, mas apenas 80% completaram o esquema com a segunda. Em 2025, até agora, os índices caíram para 86% (primeira dose) e 55% (segunda dose), quando a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

Sobre a doença

O sarampo é uma doença infecciosa viral, altamente transmissível por via aérea, através de tosse, espirro, fala ou respiração. Após a infecção, o período de incubação varia de 7 a 14 dias. A transmissão pode ocorrer de seis dias antes até quatro dias após o surgimento dos primeiros sintomas, que incluem febre alta, manchas avermelhadas na pele, tosse, coriza e conjuntivite. Complicações como pneumonia, encefalite e até óbito podem ocorrer, especialmente em crianças pequenas.

Prevenção e tratamento

A principal forma de prevenção é a vacinação. Crianças devem receber a primeira dose aos 12 meses de vida e a segunda aos 15 meses. Em regiões com surto, a imunização pode ser iniciada a partir dos seis meses de idade. Para adolescentes e adultos não vacinados, é necessário iniciar ou completar o esquema vacinal conforme a faixa etária.

Além da vacina, o isolamento domiciliar por pelo menos quatro dias após o aparecimento do exantema é recomendado para evitar novas infecções, especialmente em grupos vulneráveis, como crianças e gestantes. Outras medidas preventivas incluem higiene das mãos, etiqueta respiratória e distanciamento em ambientes de atendimento a pacientes suspeitos.

Não há tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são usados apenas para alívio dos sintomas. A SES-TO orienta que pessoas com sinais da doença procurem uma unidade de saúde para avaliação médica.

Com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO)

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