Paciente com suspeita de intoxicação por metanol recebe alta em Palmas

O paciente que apresentou suspeita de intoxicação por metanol em Palmas recebeu alta hospitalar na quinta-feira (23), segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO). Apesar da liberação, os exames laboratoriais que vão confirmar ou descartar a presença da substância ainda estão em andamento.

O caso foi registrado na última quinta-feira (15) e é o primeiro suspeito de intoxicação por metanol no Tocantins. Conforme a SES, o homem relatou ter consumido uma bebida destilada em casa antes de apresentar sintomas como náuseas, vômitos, dores, falta de ar e visão turva. Ele foi internado no Hospital Geral de Palmas (HGP), onde permaneceu em observação até a melhora do quadro clínico.

Sintomas e conduta médica

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A SES-TO informou que, em casos suspeitos, o atendimento segue protocolo que inclui hospitalização imediata, hidratação intravenosa e, em situações graves, hemodiálise. O tratamento é realizado com antídotos como etanol ou fomepizol, além de medicações de suporte e monitoramento contínuo das funções vitais.

Essas substâncias agem impedindo que o metanol seja transformado em compostos tóxicos, como o formaldeído e o ácido fórmico, que provocam danos neurológicos e perda de visão. O etanol atua competindo com o metanol no metabolismo, enquanto o fomepizol tem ação mais direta e segura, sendo utilizado quando disponível nas unidades hospitalares de referência.

Riscos e prevenção

A ingestão de metanol pode causar dor de cabeça intensa, tontura, náusea, vômitos, dor abdominal, fraqueza, confusão mental e, em casos graves, cegueira, convulsões, coma e insuficiência respiratória. O composto é usado na indústria como solvente e combustível, sendo altamente tóxico para consumo humano.

Casos de intoxicação geralmente estão relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, nas quais o metanol é adicionado irregularmente para reduzir custos de produção.

A SES-TO e o Ministério da Saúde alertam a população para evitar bebidas sem registro sanitário ou de procedência duvidosa e recomendam procurar imediatamente uma unidade de saúde em caso de sintomas suspeitos.

Monitoramento e medidas preventivas

O órgão informou que mantém equipes da Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária, Atenção Especializada e do Laboratório Central (Lacen-TO) mobilizadas para monitorar o caso e garantir resposta rápida a novas ocorrências.

A secretaria reforçou ainda que o episódio está sendo tratado como prioridade e que as orientações de prevenção foram repassadas aos 139 municípios tocantinenses, em conformidade com a Nota Técnica Conjunta nº 376/2025 do Ministério da Saúde, que define diretrizes para identificação e notificação de intoxicações por bebidas adulteradas.

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