Casal armou emboscada e atirou contra homem após briga em bar da Capital

Policiais civis da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP- Palmas) deflagraram na manhã desta sexta-feira, 28, a Operação Serpens para dar cumprimento à mandados de prisão e de busca e apreensão na residência de um casal investigado por participação na tentativa homicídio de Ilmar Pereira Leite, ocorrido no dia 15 de dezembro de 2024, em Palmas.

São investigados um homem de iniciais A.M.S. e uma mulher de iniciais G.S.. O homem é apontado como autor dos disparos de arma de fogo desferidos contra Ilmar em frente a um bar na região norte de Palmas. Conforme relatos da companheira de Ilmar, ambos se divertiam em uma casa de shows na quadra 602 Norte, quando se envolveram em uma confusão com o casal investigado. 

As mulheres já haviam mantido uma relação de amizade, mas por conta de um desentendimento, se afastaram. As informações prestadas pela companheira da vítima foram confirmadas a partir das imagens do circuito de segurança coletadas pelos policiais na casa de shows.

Anúncio no meio do texto

Nas imagens é possível verificar que Ilmar e sua companheira se divertiam ao som da música local, enquanto eram encarados e provocados pelo outro casal. Quando Ilmar vai ao banheiro, sua companheira é fortemente agredida por G.S. 

“Quando ele volta pra pista de dança, percebe que a mulher está sendo espancada e tenta defendê-la. Nesse momento, o autor, que até então só observava as agressões,  parte pra cima de Ilmar e faz ameaças à vítima. Todos são contidos pelos seguranças do local e a confusão cessa. Os investigados saem do local e vão para outro bar na mesma região e o casal agredido retorna para casa”, contextualiza o delegado. 

O delegado responsável pelo caso, Eduardo Menezes, destaca que a DHPP assim que foi comunicada sobre o crime, ouviu primeiramente a companheira de Ilmar, que presenciou o crime.

Em casa, as vítimas contaram o ocorrido ao filho e em seguida resolveram voltar para a casa de shows. O filho, temendo pela vida da mãe e do padrasto e sabendo dos antecedentes criminais de A.M.S., resolve ir atrás.

“Ele relatou que quando chegou na casa de shows, se deparou com os seguranças do local formando uma espécie de escudo humano para proteger sua mãe e o padrasto, uma vez que os autores também haviam voltado para o local armados. Os autores vão novamente embora e o filho então convence a mãe  e o padrasto a voltarem para casa. Os pais vão na frente e ele segue atrás em uma motocicleta”, informa o delegado.

Em depoimento, a mulher contou que, sentindo que o filho estava um pouco mais lento, eles resolveram parar o carro em frente a um bar, para esperá-lo. “Eles não imaginavam que os autores estavam nesse mesmo bar. Quando o autor avistou Ilmar parado em frente ao bar, ele se aproximou de forma sorrateira do veículo e efetuou seis disparos contra a vítima, que estava com o cinto de segurança e nada pode fazer para se defender. A mulher do criminoso acompanhou tudo e ainda incentivou o autor”, destaca.

O rapaz que ia logo atrás das vítimas, passou pelo local e avistou o padrasto sendo alvejado com vários disparos. “Ele chegou a ver quem teria atirado, desceu da motocicleta e correu atrás do autor, que conseguiu fugir, não sendo encontrado pelas forças policiais que empreenderam diligências logo após o crime”, ressalta. 

Depoimentos

Passado o período de flagrante, ambos, cientes de que haviam sido identificados, se apresentaram na DHPP. “Ela tentou distorcer os fatos, dizendo que o enteado da vítima havia partido pra cima deles com uma foice e, que por isso seu companheiro atirou em legítima defesa. Só que nós já tínhamos obtido as imagens das câmeras de segurança da casa de shows e próximas ao bar e confrontamos ela com a realidade dos fatos, fazendo com que ela mesmo se desmentisse”, ressalta o delegado, informando que A.M.S. ao se apresentar espontaneamente, preferiu ficar calado.

Desfecho

Após reunir todos os elementos probatórios quanto à autoria do crime que vitimou Ilmar, o delegado responsável representou pela prisão preventiva de ambos, porém A.M.S. já se encontra preso desde o dia 11 de janeiro deste ano, por tráfico de drogas. 

Embora estivesse com ele no momento da prisão, realizada pela Polícia Militar, G.S. não permaneceu presa e responde pelo mesmo crime, em liberdade. Porém, nesse caso de homicídio, a Justiça determinou a prisão preventiva de G.S.,a qual foi cumprida na manhã desta sexta-feira, 11. Ela foi conduzida para a sede da DHPP e após os procedimentos legais será encaminhada para Unidade Penal Feminina de Palmas.

Na residência do casal foram apreendidos dispositivos eletrônicos que podem auxiliar na conclusão das investigações. O inquérito policial deve ser concluído nos próximos dias e encaminhado ao Poder Judiciário. 

Leia também

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais