“O Círio é mais que uma procissão; é um encontro de fé e milagres”, diz diretor da Guarda de Nazaré

Entre os dias 6 e 8 de novembro, a Arquidiocese de Palmas realiza o 9º Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações de fé da capital. Este ano, o evento traz como destaque o Círio Fluvial, que percorrerá o Lago de Palmas pela primeira vez, reunindo fiéis em um fim de semana de intensa programação religiosa, com peregrinações, visitas a hospitais e a tradicional procissão pelas ruas da cidade.

Em entrevista ao Jornal Primeira Página, o diretor-geral da Guarda de Nazaré de Palmas, Inácio Vieira, falou sobre os preparativos da equipe responsável pela segurança da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, que vem de Belém (PA), e destacou o crescimento da devoção mariana na capital. Ele também explicou os protocolos de segurança e as orientações aos fiéis que participarão da celebração.

Origem e crescimento da devoção em Palmas

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Segundo Inácio, o Círio de Nazaré em Palmas surgiu em 2017, por iniciativa do arcebispo Dom Pedro Brito Guimarães, que articulou junto à Arquidiocese de Belém a vinda da imagem oficial. “Ele teve essa luz de Nossa Senhora e conseguiu trazer a imagem para cá. Desde então, realizamos o Círio anualmente com a presença da Imagem Peregrina de Belém”, contou.

Arcebispo Dom Pedro Brito Guimarães com a imagem em Brasília – Foto: Divulgação.

Ao longo dos anos, a celebração cresceu em dimensão e número de participantes. “No primeiro Círio, em 2017, tivemos cerca de 3 mil pessoas. Hoje, reunimos entre 5 e 6 mil fiéis. Isso mostra o amor e a devoção à Nossa Senhora, que cresce a cada ano”, destacou o diretor.

Preparação e segurança

Inácio explicou que o planejamento da Guarda começa logo após o encerramento de cada edição. “Encerramos o Círio no dia 10 de novembro e, no dia 11, já começamos a planejar o do ano seguinte. A preparação envolve cursos, formações e um retiro espiritual com o nosso diretor espiritual, padre Eduardo Dinho”, contou.

Durante o evento, a Guarda é responsável por proteger a imagem e garantir a segurança dos fiéis. “Aprendemos todos os protocolos de proteção com a Guarda de Belém. Nossa função é zelar pela imagem e cuidar dos peregrinos ao longo de todo o percurso”, explicou.

Nos hospitais visitados na manhã de sábado, uma equipe reduzida conduz a imagem aos leitos. “Os hospitais são lugares sensíveis. Levamos a bênção de Nossa Senhora aos enfermos, especialmente às crianças. É um momento de fé muito forte, em que já testemunhamos muitas graças”, relatou.

Círio Fluvial e orientações aos fiéis

A grande novidade deste ano será o Círio Fluvial, que sairá do Resort Five Senses, em Luzimangues, com destino ao Pier 14, acompanhando a imagem que será conduzida em um barco especialmente preparado. “A embarcação que leva a imagem tem restrição de pessoas. A imagem será conduzida nos braços dos diretores e acompanhada de perto pelo arcebispo e alguns padres”, detalhou.

O diretor pediu atenção e prudência aos fiéis que desejarem acompanhar o trajeto em embarcações. “Pedimos que mantenham distância da embarcação principal, estejam sóbrios e pilotem com cuidado. Em terra, a Guarda estará presente para orientar e acolher os fiéis com segurança”, orientou.

Vieira também lembrou que há regras quanto à imagem sagrada. “Não é permitido beijar o manto, porque ele não pode ser lavado e acaba manchado. Mas todos podem tocar, se ajoelhar e rezar próximos à imagem”, explicou.

Cuidados na grande procissão

Durante a Procissão do Círio, que seguirá da Catedral até a Casa de Maria, Rainha da Paz, a Guarda reforçará o esquema de segurança para evitar incidentes. “Os pontos de maior atenção são as rotatórias. Às vezes, o fiel se distrai rezando e pode se machucar. Nosso trabalho é garantir que todos comecem e terminem a procissão em segurança”, afirmou.

Mensagem aos fiéis

Encerrando a entrevista, Inácio deixou um convite à comunidade. “Acompanhem o Círio com o coração aberto. Levem seus pedidos, seus lenços e caminhem conosco em oração. O importante é viver esse momento de fé e amor a Nossa Senhora de Nazaré, juntos como comunidade.”

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