MPTO articula criação de fluxo integrado para casos de desaparecimento no Tocantins
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) realizou nesta terça-feira (26) uma reunião com representantes da rede de proteção à infância e juventude para avançar na construção de um fluxo integrado de atendimento a casos de desaparecimento de pessoas. Uma nova reunião foi agendada para 15 de setembro, quando cada instituição deverá apresentar um diagnóstico do seu fluxo atual de trabalho, etapa considerada fundamental para a criação de conexões entre os órgãos e uma atuação em rede.
O encontro contou com a presença de Conselhos Tutelares, Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter), Guarda Metropolitana de Palmas e outras instituições ligadas ao tema, que serão adicionadas ao grupo de trabalho já existente com representantes da segurança pública e da saúde. Um dos principais desafios é a interoperabilidade entre os sistemas utilizados pelos diferentes órgãos.
A reunião foi conduzida pela promotora de Justiça Cynthia Assis de Paula, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid) do MPTO. Ela reforçou a urgência do tema:
“É uma das frentes que a gente tem que caminhar aqui: essa construção e a busca de um sistema e de uma comunicação eficaz entre a rede”, afirmou.
O promotor de Justiça Sidney Fiori Júnior, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caopije), destacou a necessidade de protocolos claros:
“É fundamental encontrarmos essa intersecção, definindo o papel de cada um. Por exemplo, até onde vai a atribuição da Polinter e onde começa a do Conselho Tutelar”, pontuou.
A articulação do MPTO ocorre diante do registro de 589 vítimas de desaparecimento no Tocantins em 2024, número que motivou a criação do grupo de trabalho. Reuniões anteriores já foram realizadas com a cúpula da segurança pública e com representantes da rede de atenção à saúde.
Informações: Dicom MPTO
