Especialista aponta oportunidades e desafios de investir no setor mineral brasileiro
O Brasil concentra algumas das maiores reservas minerais do mundo — incluindo ferro, bauxita, ouro, lítio e nióbio — e segue como um dos principais exportadores globais de minérios. O potencial de lucro no setor é elevado, mas exige planejamento, conhecimento técnico e atenção às normas ambientais e regulatórias, segundo o advogado especialista, Christian Zini Amorim.
“O mercado mineral é altamente regulamentado e requer um planejamento meticuloso. Entender as nuances do setor é o primeiro passo para investir de forma segura e lucrativa”, afirmou o especialista.
Oportunidades no mercado mineral
O país se destaca pela produção de minério de ferro, com Minas Gerais entre os principais polos de extração. Na Amazônia, há vastas reservas de ouro ainda inexploradas, atraindo desde pequenas mineradoras até grandes grupos internacionais.
Outro foco de atenção são os minerais estratégicos, como lítio e nióbio, que ganham relevância na indústria tecnológica e na transição energética. O Brasil detém cerca de 98% das reservas mundiais conhecidas de nióbio, utilizado na fabricação de superligas metálicas. De acordo com Zini Amorim, esses nichos podem gerar retornos expressivos para investidores que compreendem o papel desses recursos em um cenário global de busca por energia limpa.
Exigências e regulação
As atividades de mineração no Brasil seguem o Código de Mineração e são fiscalizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Para iniciar operações, é obrigatório obter autorizações como o Alvará de Pesquisa e a Concessão de Lavra, cujos processos envolvem análises técnicas e ambientais detalhadas.
Além disso, os empreendimentos precisam cumprir as exigências ambientais determinadas por órgãos como o IBAMA, especialmente em áreas de preservação. Projetos sem licenciamento adequado podem resultar em multas, embargos e suspensão das atividades.
Gestão de riscos e sustentabilidade
Entre os principais riscos do setor estão as oscilações nos preços das commodities, burocracias regulatórias e impactos ambientais. Para reduzir vulnerabilidades, o especialista recomenda diversificar investimentos, priorizar regiões com maior estabilidade jurídica e manter diálogo constante com órgãos reguladores e comunidades locais.
Zini Amorim também defende o uso de tecnologias sustentáveis na mineração, como processos de extração a seco e sistemas de monitoramento remoto, que reduzem custos e impactos ambientais, além de facilitarem a aprovação de licenças.
Planejamento e perspectiva
Para o advogado, investir em mineração continua sendo uma oportunidade estratégica para quem busca diversificação de portfólio, desde que as decisões sejam pautadas por planejamento e conformidade legal.
“O sucesso nesse setor depende do conhecimento das regulamentações e da adoção de práticas responsáveis. Ao unir inovação e sustentabilidade, o investidor pode explorar o potencial do mercado mineral brasileiro com segurança e retorno consistente”, concluiu.