Essas pessoas pararam tudo o que estavam fazendo e passaram o dia em frente à televisão, com o coração apertado pela perda inestimável, e com o amadorismo da transmissão no Youtube, recorriam também ao perfil da prefeitura de Palmas no Instagram, que fazia a transmissão, mas no formato limitado com apresentadora.

Aliás, quem também assistiu a transmissão do velório, foram os filhos de Siqueira Campos com Dona Aureny, a Stela, Thelma, Ulemá, Regina e José Wilson Siqueira Campos Junior, que não vieram a Palmas, porque segundo Stela, foi uma decisão que tomaram “pois preferiram manter a imagem do pai vivo”.

Os cinco filhos de Siqueira Campos com Dona Aureny - o outro é Eduardo Siqueira, também não compareceram à missa de Sétimo Dia, e segundo Stela, eles não têm problemas de relacionamento com Eduardo. Aliás, além disso, também tem se falado em problemas com a Dra. Marilúcia, como os diversos relatos que me tem chegado.

Por sinal, enquanto o governo encerrou a transmissão na hora em que o caixão saiu do Palácio Araguaia, a prefeitura de Palmas continuou a transmitir, mostrando o cortejo até o cemitério Jardim das Palmeiras e os momentos finais da despedida, só finalizando quando os operários terminaram de selar o caixão.

O improviso no velório de Siqueira Campos no Palácio Araguaia, certamente não aconteceu porque a morte do líder tenha sido inesperada e repentina, de um dia para outro – o que não foi, e que não tenha dado tempo para a sua organização, já que o líder fora internado na semana anterior à sua morte, e o seu quadro foi se agravando dia após dia, por conta de sua idade avançada e os problemas de saúde que enfrentava há anos.

Esta jornalista não quer apontar culpados – muito menos da família que sofre com a perda, e sim, apenas expor fatos que me foram relatados por várias pessoas que estiveram presentes nos acontecimentos. Uma coisa é certa: eu já estive em tantos e tantos eventos políticos no Tocantins que primaram pela mais completa organização, contrastando agora com a despedida do seu maior líder.

E como gratidão é virtude que apenas poucas pessoas possuem em seu ser, muitos dos políticos que devem, inclusive, até a sua vinda para o Tocantins, e suas carreiras políticas (que aliás, pode se dizer, são todos), não se dignaram a estar presente nessa despedida, o que denota, entre outros, a falta de caráter, preparo e maturidade para ocupar seus cargos.

O mesmo sendo para quem, se houve falhas ocasionadas pelo descaso de quem teve problemas com Siqueira Campos, e preferiu faltar nesse momento, faltou não com ele, mas com o Tocantins, o seu povo,e a História.

O governador Wanderlei Barbosa tratou de tranquilizar os pais de alunos e professores, afirmando que independente da decisão do governo Lula, o Tocantins vai manter as escolas militares funcionando e ainda vai ampliar o projeto, dizendo que melhorou o ensino e a disciplina dos alunos.

A exemplo do Tocantins, diversos outros governadores, como de Goiás, Ronaldo Caiado, também anunciaram que vão manter as escolas funcionando. Em Minas Gerais, Romeu Zema, declarou “que as Escolas Cívico-Militares continuarão funcionando com gestão compartilhada dos bombeiros. A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo, agora se une ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempreprioridade”.

Quem não está percebendo o caminho que o Brasil está seguindo, é desonesto, e sua omissão irá custar muito caro para todos. Inacreditável, os acontecimentos absurdos irem se sucedendo um ao outro, e muitos aplaudindo porque o seu político de estimação está no poder.

Entre tantos absurdos, as falas do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, que comprovam o ativismo político que a Corte está mergulhada, e que garantem a quem está no poder, a falta de limites para o que quer seja.

O ministro, quando falou em discurso que "nós derrotamos o bolsonarismo", estava num evento da União Nacional dos Estudantes - UNE e ao lado do comunista Flávio Dino, aliado de primeira hora de Lula e atual ministro da Justiça do seu governo, o que mostra que a frase foi bem pensada.

Aliás, o tal ministro vem colecionando pérolas, que já deveriam ter servido de alerta há muito tempo: “Eleição não se ganha, se toma”, “Perdeu, mané”, “O poder judiciário passou a ser um poder político na vida brasileira” e “Nós derrotamos o bolsonarismo”.

Já vem pedido de impeachment do ministro, mas a pergunta é: de que adianta existir crime de responsabilidade previsto na Constituição Federal para ministro do STF se quem interpreta a Constituição é o próprio ministro do STF?