PERDEU

Ou como traduzir o fato de que em 2022, o partido perdeu as vagas que tinha na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa? E que Marcelo Miranda está há cinco anos sem mandato, não tendo conseguido eleger-se sequer deputado estadual, com pífia votação de pouco mais de 3 mil votos?

VÁCUO

Há anos venho publicando sobre o vácuo de lideranças no Tocantins, que persiste eleição após eleição. Esse vácuo teve início com o enfraquecimento dos governadores que passaram pelo Palácio Araguaia nos últimos 20 anos, com exceção do último mandato de Siqueira Campos (2011 a 2014).

REVEZANDO

Os inquilinos do Palácio foram se revezando, entre cassações, afastamento, impeachment, prisões, e saltando de operação em operação da Polícia Federal. Claro que as lideranças mais significativas, em qualquer estado, em sua maioria, provem dos ocupantes do cargo de governador, o de maior importância, e no Tocantins, isso foi interrompido.

GRUPO

No momento, por exemplo, o que se vê é um vaivém de políticos, lutando para se fortalecer e formar um grupo para chamar de seu. É o caso de Ronaldo Dimas, o maior adversário do governador Wanderlei Barbosa na eleição passada.

LAUREZ

E o caso, também, de Laurez Moreira, atual vice-governador, que vive a expectativa de assumir o Palácio em 2026, com a renúncia de Wanderlei para disputar a eleição, e ele próprio, disputar a reeleição no cargo.

PROJEÇÃO

Além dos problemas conhecidos com os governadores no Palácio, há também os que passaram por esse cargo, ou foram prefeitos nas maiores cidades, que não obtiveram a projeção que poderiam ter, muito mais por não terem conseguido, devido a fraca liderança ou a sua personalidade, agregar líderes para criar um grupo.

AMASTHA

Um dos casos mais exemplares disso é o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que em uma situação extremamente pontual, característica do cenário político em 2012, surpreendeu e foi eleito para a prefeitura da Capital, conquistando a reeleição em 2016, mas cuja personalidade difícil aliada à extrema vaidade, o fez desperdiçar o que a sorte colocou na sua porta.

RAUL FILHO

Antes dele, teve o Raul Filho, que encantou o eleitor de Palmas na oposição ao Siqueirismo, e na sua terceira tentativa de chegar à prefeitura, em 2004, foi eleito, sendo reeleito em 2008, mas cuja administração deixou a desejar, e também fraco como líder, praticamente desapareceu do cenário político tocantinense.

NILMAR

Ainda antes de Raul Filho, teve Nilmar Ruiz, que em que pese ter sido uma gestora eficiente, carregava consigo a antipatia de uma eleição conquistada a força no ano 2000, por imposição de um grupo que não era seu, o que a impediu de ser reeleita em 2004, perdendo para Raul Filho.

CINTHIA

Após Amastha veio Cinthia Ribeiro, e a pergunta é: a atual prefeita de Palmas tem grupo? Tem aliados que permanecerão mesmo após ela deixar o cargo? Ela ocupará espaço como líder política no Tocantins e irá preencher um pouco do vácuo que predomina? Cinthia esforçou-se e elegeu o marido Eduardo Mantoan deputado estadual, contando com uma voz para ecoar o seu nome.

GOMES

Eduardo Gomes é visto por todos como um líder hour concour, tendo sido alçado imediatamente, ao ser eleito senador em 2018, ao posto de maior liderança política do Tocantins, por ser extremamente habilidoso, que transita em todas as esferas, mas a consagração pode se revelar uma armadilha para ele próprio.

WANDERLEI

Wanderlei Barbosa, atual governador, é uma incógnita, mas claro, com tudo lhe sendo favorável para que conquiste uma das duas vagas de senador em 2026, mas ainda assim permanecendo como uma incógnita, pois ele não pode deixar que a sua conhecida posição de curraleiro, revele-se também uma armadilha para ele próprio.

DORINHA

Dorinha Rezende, eleita senadora em 2022, dependerá do seu mandato, das ações, das suas atitudes, dos caminhos que tomará, para firmar e ampliar a posição de líder que emergiu das urnas, e que lá chegou pelo seu bom desempenho anterior como deputada federal.

IRAJÁ

Irajá Abreu, que tentou se descolar da mãe Kátia Abreu e o fez da maneira errada em 2022, tem a reeleição para o Senado em 2026 bastante duvidosa, e quanto a própria Kátia Abreu, ela dispensa maiores comentários, a não ser que pelo forte desgaste da sua imagem no Tocantins, até que teve uma carreira longa.

AUMENTO

Impressiona como a violência parece ter aumentado este ano de 2023. No Tocantins, foi a escalada de mortes em Palmas e nas maiores cidades, enquanto que no Brasil é crime violento por todo lado, com graves crises de segurança na Bahia e no Rio de Janeiro.

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