SINOPSE – “O Brutalista”, de Brady Corbet, soterra a dimensão humana sob as camadas de uma grandiosidade estéril
Brady Corbet é um cineasta que não se contenta com o básico. Em “O Brutalista”, ele ergue uma obra ambiciosa, esteticamente irretocável, conceitualmente robusta, mas narrativamente defeituosa. O longa é uma ode ao que há de mais admirável e também mais frustrante no cinema autoral contemporâneo: o desejo de traduzir grandes ideias em linguagem visual. O filme parte de um conceito interessante: usar o brutalismo — estilo arquitetônico marcado por concreto aparente, geometria severa e funcionalidade radical — como metáfora para a condição humana. E não apenas como alegoria rasa, mas como!-->…