Após serem ameaçados, moradores registram boletim de ocorrência contra policial militar
Moradores de um condomínio em Palmas relatam que foram ameaçados por um policial militar. Tudo começou após uma discussão entre vizinhos. O desentendimento foi motivado após um acidente com crianças que estavam brincando no condomínio. Uma delas, filho do policial, se machucou, o pai, identificado como Marquezan Correia Carvalho foi tirar satisfação e segundo os vizinhos teria ameaçado matar os vizinhos.
A síndica do condomínio, Normacelia Martins Bispo Patriarca contou como foram as ameaças,
“O filho do Marquezan machucou a boca, então ele foi lá e começou a nos falar desaforos, ameaçar as crianças dizendo que ia matar as crianças se chegassem perto do filho dele, e quem chegasse perto do filho, ele também ia matar. Ele repetiu isso por várias vezes. Pedi para ele se acalmar, mas não se acalmou. Falei para ir para casa, esfriar a cabeça, então começou a me agredir verbalmente”, conta.
A confusão também envolveu a esposa do policial. Moradores contam que ela invadiu um apartamento e agrediu a menina que teria sido a responsável pelo acidente do filho durante a brincadeira.
Tanto a síndica, quanto a mãe da criança agredida foram até a delegacia registrar um boletim de ocorrência e fazer o exame de corpo delito na criança. Elas prestaram depoimentos. Cópias das fotos dos hematomas da criança agredida pela esposa do policial já estão com a polícia que investiga o caso.
Nós entramos em contato com o PM Marquezan C. Carvalho que não quis se manifestar. Já a PM informou que após receber a referida denúncia na sua Corregedoria, por meio da Ofendida, de imediato instaurou uma sindicância para apurar os fatos. Segundo a PM, caso seja comprovado o desvio de conduta em questão, a instituição garante que vai tomar todas as providências necessárias para a punição do policial.
NOTA
Atualização em novembro de 2023
Em contato feito com a Redação do Jornal Primeira Página, o Advogado do Militar esclareceu em nota que:
“Uma Sindicância Policial sob o nº 088/2023 absolveu o militar dos fatos narrados na matéria jornalística, concluindo pela falta de provas quanto à suposta ameaça atribuída a ele. No entanto, ficou evidente, através do devido processo, que em nenhum momento ocorreu ameaça, muito menos ameaça de morte. O Sr. Marquezan, no momento do incidente, tinha a intenção apenas de compreender o que havia acontecido e por que o seu filho estava chorando, como qualquer pai faria”.