Prefeita Josi Nunes, forças de segurança e sociedade civil discutem medidas a serem implementadas na educação
Na tarde de quarta-feira, 12, a prefeita Josi Nunes se reuniu com representantes de diversas entidades para discutir e elaborar propostas para ampliar a segurança nas escolas. A união se faz necessária após a fatalidade em uma creche em Santa Catarina, que tem ocasionado a distribuição de muitas notícias falsas em Gurupi e provocado medo em pais e familiares das crianças e adolescentes.
Participaram da reunião membros do Ministério Público, Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, das redes municipal e estadual de ensino, vereadores, secretários municipais, representantes de escolas particulares e de universidades, entre outros.
A prefeita Josi Nunes comenta que a fatalidade que aconteceu em Santa Catarina trouxe medo, mas o que está deixando a população mais preocupada é a repercussão, as fake News disseminadas, principalmente, pelas redes sociais. “Queremos tranquilizar a população de Gurupi, pois nossas escolas têm um protocolo de segurança, temos também um trabalho com nossas crianças através da cultura, assistência social, acolhimento das crianças para que elas se sintam pertencentes à escola e tudo isso contribui para a não violência”, disse completando que essa união de vários segmentos é importante para levantar sugestões técnicas.
A Prefeita esclareceu que nesse primeiro encontro foi criado o Comitê Gestor de Segurança Escolar que será integrado com representantes da secretaria municipal de Educação, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar, Câmara de Vereadores, Ministério Público do Tocantins, Câmara de Vereadores, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Tribunal de Justiça, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, UnirG, Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Diretoria Regional de Ensino, Escolas Particulares e Imprensa.
O diretor executivo da secretaria municipal da Educação, Jonatas Barreto, afirmou que a rede municipal de ensino já tem um protocolo de segurança que estabelece medidas desde a entrada do aluno no transporte escolar, como as crianças devem adentrar às escolas, orientações sobre visitas dos pais e familiares nas escolas, confirmações de segurança, videomonitoramento, botão do pânico. “Temos toda uma estrutura de segurança e estamos trabalhando para melhorar ainda mais. Todas as nossas 26 unidades escolares têm de 16 a 32 câmeras e vamos investir mais ainda nesse sistema de segurança”, explicou.
A Promotora da Infância e Juventude, Ana Lúcia Bernardes, afirmou que o Ministério Público sugeriu a criação de um protocolo que não seja apenas para o momento atual, mas algo a ser trabalhado a longo prazo. Destacou que nunca se deve revitimizar uma criança ou um adolescente. “Se o fato aconteceu tem que ser apurado pelas autoridades competentes, se a ação foi tomada por uma criança o Ministério Público vai agir de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)”, disse, completando que a disseminação de notícias contribui para a valorização do infrator e aumenta a violência.
O Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel Wesley Costa, reforçou que a Polícia Militar está trabalhando diuturnamente para transmitir segurança à comunidade, que está visitando todas as escolas, que colocou mais viaturas nas ruas para realizar o patrulhamento nas proximidades das escolas. O comandante pediu que os pais também façam sua parte, que conversem com os filhos, que verifiquem as mochilas, que procurem saber o que as crianças estão levando para a escola.
Com a criação do Comitê ficou definida uma reunião para a próxima semana para que cada entidade apresente sugestões.