UFT tem sua primeira defesa de doutorado em Educação protagonizada por uma mulher trans

Na última sexta-feira (6), a Universidade Federal do Tocantins (UFT) registrou um marco em sua história com a defesa da tese de doutorado da professora Jéssika Villalon, primeira mulher trans a conquistar o título de doutora em Educação pela instituição. A defesa foi realizada no âmbito do Programa de Doutorado em Educação na Amazônia (PGEDA), promovido em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA).

A tese, intitulada “Por uma pedagogia (Trans)formadora e de (re)existência das ‘pessoas T’ na escola e na Universidade da/na Amazônia tocantinense”, propõe uma reflexão crítica sobre os espaços escolares e universitários como locais de acolhimento, permanência e reconhecimento das identidades trans.

Professora da rede municipal de ensino de Palmas, Jéssika analisa em sua pesquisa temas como diversidade, justiça curricular e práticas pedagógicas que respeitem e garantam os direitos de pessoas trans. O trabalho discute os desafios enfrentados por essa população no ambiente educacional e propõe alternativas para uma pedagogia mais inclusiva e comprometida com os direitos humanos.

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A defesa da tese ocorreu durante o mês do orgulho LGBTQIAPN+, período em que se intensificam as discussões sobre igualdade de direitos e combate à discriminação. Em nota publicada nas redes sociais, a UFT celebrou a conquista:

“Parabéns, doutora Jéssika! Sua trajetória inspira caminhos mais justos, afetivos e inclusivos.”

A pesquisa foi desenvolvida no PGEDA, programa voltado para a formação de pesquisadores com foco nas realidades e especificidades da região amazônica.

Foto: Divulgação/Redes sociais

Jéssika também comemorou a conquista em suas redes sociais. Em uma publicação, escreveu:

“Hoje, sem sombra de dúvidas, foi o dia mais importante da minha vida! Muito obrigada à tod@s que fizeram parte disso, direta ou indiretamente! Hoje me tornei Doutora em Educação na Amazônia!”

A formação de Jéssika como doutora pela UFT, representa tanto um avanço acadêmico quanto um marco simbólico para a visibilidade de pessoas trans na educação superior.

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