Torrãozeiros do Parque Estadual do Cantão realizam atualização de cadastros
O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) concluiu nesta sexta-feira, 26, o processo de 3 novos cadastros e atualização de outros 22 torrãozeiros que vivem no Parque Estadual do Cantão (PEC), na região do Distrito de Barreira do Campo, localizado no município de Santana do Araguaia, ao Sul do Pará. Este foi o quinto processo de recadastramento realizado pelo órgão ambiental a fim de detalhar aspectos do modo de vida dessas comunidades, tais como como os nomes, o quantitativo e as formas de obtenção de renda.
O processo realizado a cada dois anos pela equipe do PEC, cuja sede está localizada em Caseara, ao oeste do Estado, é um dos mecanismos para que o Governo do Tocantins mensure a evolução socioeconômica destes grupos e ainda monitore atividades que alterem características naturais e prejudiquem o ecossistema, como plantio de espécies da flora que não são nativas.
“A atualização de cadastro bienal é de fundamental importância para se avaliar a evolução, a quantidade e qualidade dos investimentos feitos no Torrão. Percebemos, neste último recadastramento, que muitos torrãozeiros vivem do turismo de base comunitária, já recebem turistas e o seu Torrão vira um ponto de apoio das pessoas que vão para o rio”, ponderou o supervisor do PEC, Adailton Glória.
Os relatórios de cadastro são descritivos, e nele constam a coordenada geográfica do local, imagens fotográficas e levantamento de plantas introduzidas na região.
Além do supervisor Adailton Glória, compuseram a equipe o guarda-parque, Emival Rocha, e o operador de navegação fluvial, Dalmir Abreu.
Histórico
O primeiro levantamento destes moradores tradicionais foi realizado logo após a criação do PEC, em julho de 1998, com o objetivo de oficializar estes moradores, que são os únicos autorizados a viverem no interior da Unidade Conservação.
Em 2012, vários torrãozeiros reclamaram que mesmo morando na região há muito tempo ficaram de fora do cadastro inicial. Por isso, a gestão do Parque realizou um recadastramento para que fossem incluídas àqueles que provassem ser torrãozeiros. A prova se deu por meio de barracão onde moravam ou qualquer outra evidência que não deixasse dúvida que a pessoa já morava na região.