Ronaldo Dimas nega envolvimento em suposto esquema de corrupção investigado pela PF na prefeitura de Araguaína
Um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF), o ex-prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas (PL), segundo as investigações teria recebido um carro de luxo, pela empresa que foi contratada para locar veículos para o município.
Os contratos analisados pela operação são de 2014 a 2021, Dimas foi prefeito de Araguaína entre os anos de 2013 e 2020. No total foram oito mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira, 17. As investigações começaram no ano passado, em um outra operação que investigava supostas fraudes no transporte escolar do município. Na época, um carro avaliado em R$ 150 mil foi apreendido na casa do ex-prefeito. A PF acredita que o veículo pode ter sido usado como pagamento de proprina. O automóvel está registrado no nome da empresa Vitor Car, mesma empresa que tem um contrato de mais de R$ 9 milhões com a prefeitura de Araguaína. Para a Polícia Federal existem provas e indícios de superfaturamento nos contratos que foram firmados para locação de veículos para pastas importantes como saúde e educação. Um dos pontos que chamou a atenção é que a empresa não possui pátio, funcionários ou capacidade para prestar o serviço. O ex-prefeito Ronaldo Dimas disse em nota que a investigação não tem provas e é sustentada por perseguição política. “. A exemplo do que já ocorrera no ano passado, agora, novamente há cerca de um ano da eleição, estou sendo alvo de ilações sem qualquer sentido, com absoluta ausência de indícios e questionamentos que poderiam ser facilmente solucionados sem qualquer necessidade do que ocorreu hoje”, disse.O atual prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues (SD) não é alvo da operação.
Veja na íntegra a nota de Ronaldo Dimas
A operação desta quinta-feira, 17 de agosto, em Araguaína expõe a banalização midiática e a clara perseguição política que tem me atingido e que indigna, revolta e fere o senso de justiça. A exemplo do que já ocorrera no ano passado, agora, novamente há cerca de um ano da eleição, estou sendo alvo de ilações sem qualquer sentido, com absoluta ausência de indícios e questionamentos que poderiam ser facilmente solucionados sem qualquer necessidade do que ocorreu hoje.
Resta claro que há setores influenciados pela política que querem rotular uma gestão transformadora de oito anos à frente da segunda maior cidade do Estado em algo nefasto. Todos os meus atos como gestor público ocorreram dentro da legalidade e observaram os bons princípios, como os de economicidade, qualidade e respeito à coisa pública.
A operação em questão tenta fazer ligação entre as locações de veículos realizadas pela Prefeitura de Araguaína e um dos veículos locados para a pré-campanha a governador, como se o mesmo fosse doação para minha pessoa. Um completo absurdo, pois ambas contratações ocorreram dentro do que rege a lei, inclusive com valores totalmente compatíveis ao mercado e até mesmo abaixo do que pagam outros órgãos públicos.
O carro em questão foi alugado legalmente e todos os pagamentos foram feitos mediante nota fiscal, via transferências bancárias, com comprovações feitas no processo anterior, e devolvido à locadora antes mesmo da eleição, o que derruba qualquer tese de vantagem ilícita.
Repito! Tudo devidamente pago, com preços de mercado e notas fiscais!
As tentativas por parte desses que me perseguem, utilizando antigos e venais métodos, inclusive confundindo o Judiciário e trabalhando arduamente para tentar sujar meu nome não vão ficar sem respostas. Já fui muito prejudicado no passado em um momento crucial de definições de alianças e, agora, esses setores voltam à carga.
Vou, com mais austeridade, buscar todas as opções necessárias para responder a esses abusos e injustiças que estão cometendo comigo.