Vereadora Professora Iolanda Castro apresenta o projeto de lei que cria Selo “Escola Amiga da Saúde Mental”

A Câmara Municipal de Palmas começou a analisar o Projeto de Lei da vereadora Professora Iolanda Castro que cria o Selo “Escola Amiga da Saúde Mental”, certificação destinada a reconhecer escolas que adotem ações permanentes de promoção, prevenção e cuidado em saúde mental. A proposta surge diante do crescimento de episódios de sofrimento psíquico, automutilação, violência e evasão escolar no pós-pandemia — cenário que, segundo a autora, exige respostas estruturadas da rede de ensino.

“As escolas precisam de ferramentas práticas e reconhecidas para fortalecer a cultura de acolhimento. A saúde mental deixou de ser pauta opcional e se tornou prioridade educacional”, afirmou a vereadora.

O que o Selo prevê

Anúncio no meio do texto

O projeto estabelece que a certificação será concedida às escolas que implementarem estratégias voltadas a:

  • criação de ambientes acolhedores, inclusivos e seguros;
  • programas de promoção e prevenção em saúde mental;
  • articulação entre escola, famílias e Rede de Atenção Psicossocial (RAPS);
  • ações de combate ao bullying, automutilação e comportamento suicida;
  • práticas de educação socioemocional e cultura de paz;
  • transparência e monitoramento das ações desenvolvidas.

O texto também exige participação ativa dos estudantes e da comunidade escolar na formulação das práticas internas de acolhimento.

Três níveis de certificação

O Selo poderá ser concedido nas categorias Bronze, Prata e Ouro, de acordo com o grau de implementação das ações e comprovação de resultados. Uma Comissão Avaliadora formada por profissionais da Secretaria Municipal da Educação e técnicos da área de saúde ficará responsável pela análise dos indicadores, registros e relatórios apresentados pelas escolas.

A certificação terá validade de dois anos, podendo ser renovada após nova avaliação.

Apoio às escolas e uso institucional do Selo

Caso aprovado, o município poderá oferecer apoio às escolas certificadas por meio de formações e materiais de referência, sem gerar novas despesas obrigatórias. As unidades contempladas também poderão utilizar o Selo em materiais institucionais, reforçando a identidade visual das ações voltadas à saúde mental.

Objetivo é garantir continuidade e evitar estigmas, diz autora

Na justificativa, a vereadora destaca que o PL cria uma estrutura normativa capaz de dar continuidade às iniciativas já existentes, evitando que ações pontuais fiquem sujeitas à mudança de gestão.

“O Selo reúne diretrizes claras para que as escolas desenvolvam práticas eficazes, vinculadas às políticas públicas e aos princípios do SUS. É uma ferramenta de monitoramento, incentivo e reconhecimento”, explicou Iolanda.

O projeto segue em tramitação nas comissões da Câmara.

Leia também

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais