“Uma em cada 08 mulheres terá câncer de mama”; Liga Feminina alerta para diagnóstico precoce

A Liga Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Palmas deu início às ações do Outubro Rosa 2025 com uma ampla mobilização voltada à prevenção, diagnóstico precoce e acolhimento de pacientes oncológicos. Coordenada pela voluntária Cleide Brandão e presidida por Edilene Martins, a instituição tem levado palestras educativas, campanhas solidárias e apoio direto a mais de 300 pacientes em situação de vulnerabilidade social atendidos na Capital.

“A nossa missão é levar esperança. Hoje, atendemos pacientes encaminhados pelo HGP, fornecendo cestas básicas reforçadas, kits de higiene pessoal, medicamentos e, principalmente, acolhimento. O câncer mobiliza toda a família, por isso fazemos questão de estar presentes, levando carinho e suporte emocional”, destacou Cleide Brandão, em entrevista ao Jornal Primeira Página.

Além da assistência material, a Liga promove acolhimento emocional e visitas domiciliares para compreender as dificuldades enfrentadas por cada família. “O câncer não atinge só o paciente, mobiliza toda a família. Por isso, fazemos questão de estar perto, levar carinho e acalento a todos que enfrentam esse momento difícil”, completou a voluntária.

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Prevenção é o foco do Outubro Rosa 2025

Neste mês de outubro, a Liga intensifica suas ações de prevenção com palestras em empresas, escolas e órgãos públicos de Palmas, com o tema “Amor que salva”. As atividades abordam a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero, além de orientações sobre hábitos saudáveis e fatores de risco.

“O câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres no Brasil, e o do colo do útero está entre os três primeiros. A estimativa é de que uma em cada oito mulheres terá câncer. Nosso trabalho é mostrar que o diagnóstico precoce salva vidas”, ressaltou Cleide.

Ela lembrou ainda que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país registrou 73.610 novos casos de câncer de mama em 2024, com um risco médio de 66 casos a cada 100 mil mulheres. “O câncer não é mais uma doença apenas de idosos. Cada vez mais jovens estão sendo diagnosticados, e fatores como bebidas açucaradas e energéticos têm sido apontados em estudos recentes como agravantes”, destacou.

Sinais e sintomas que merecem atenção

O câncer de mama nem sempre causa dor, mas o corpo dá sinais que devem ser observados. Entre eles:

  • Caroços endurecidos ou nódulos nas mamas ou axilas
  • Alterações no formato ou tamanho das mamas
  • Secreção mamilar, especialmente com sangue
  • Inchaço, vermelhidão ou retração da pele da mama
  • Irritação ou descamação na região do mamilo

Já no caso do câncer de colo do útero, os sintomas mais comuns incluem:

  • Corrimento com odor forte ou coloração anormal
  • Sangramentos fora do período menstrual ou após relação sexual
  • Dores pélvicas persistentes
  • Sensação de pressão no abdômen inferior

Cleide reforçou que “O câncer de mama muitas vezes não vem acompanhado de dor, por isso, a mulher precisa se conhecer, olhar no espelho e realizar seus exames periodicamente”.

Ações práticas e parcerias

Durante as palestras, a Liga Feminina realiza o cadastramento de mulheres interessadas em realizar exames preventivos e mamografias, em parceria com o Hospital do Amor.

“Estamos formando listas para agendamento dos exames de papanicolau e mamografia. O autoexame é importante, mas não substitui a mamografia. É preciso se conhecer e fazer os exames com regularidade”, enfatizou Cleide.
As voluntárias também recebem doações de cabelos para a confecção de perucas, mantêm um brechó permanente e produzem artesanatos para arrecadar fundos destinados ao atendimento dos pacientes.

Cuidar é também um ato de amor

“A informação é a melhor forma de prevenção. O cuidado com a saúde deve fazer parte da rotina de todas as mulheres”, reforçou Cleide Brandão.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o tipo que mais atinge mulheres em todo o mundo, com 2,3 milhões de novos casos registrados anualmente e cerca de 670 mil mortes por ano. As projeções para 2050 indicam um aumento preocupante, com 3,2 milhões de novos casos e 1,1 milhão de mortes estimadas globalmente.

No Brasil, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram registrados 73.610 novos casos em 2024, o que representa um risco médio de 66 casos a cada 100 mil mulheres. Embora raro, o câncer de mama também pode acometer homens, correspondendo a cerca de 1% dos diagnósticos.

Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença estão a idade acima de 40 anos, o histórico familiar, o sedentarismo, a obesidade, o consumo de álcool e tabaco, e alterações hormonais.

A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as maiores armas contra o câncer de mama e o de colo do útero. O autoexame ajuda a mulher a conhecer o próprio corpo e identificar possíveis alterações, mas deve ser acompanhado por exames clínicos e de imagem, como mamografia e ultrassonografia, indicados a partir dos 40 anos ou antes, conforme recomendação médica.

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