Tocantins foge da tendência nacional com redução no número de beneficiários do Bolsa Família

Desempregada e com três filhos em idade escolar, a família da Rosa Maria depende exclusivamente da renda do Bolsa Família para sobreviver. Aos fins de semana, a mãe de família também faz alguns bicos para complementar a renda.

“Durante a semana não consigo trabalhar porque as crianças estudam em horários diferentes e não tem ninguém para ficar com elas. Ainda bem que tem o bolsa família para comprar pelo menos o básico”, conta.

Felizmente a família tem casa própria e o dinheiro do programa do governo federal é utilizado para alimentação e contas básicas. “Aqui em casa tudo é contado. A igreja também nos fornece uma cesta básica. Eu só tenho a agradecer por toda essa ajuda, sem essa mão estendida não irai conseguir criar meus filhos”, afirma.

Anúncio no meio do texto

Assim como a Rosa, milhões de famílias brasileiras recebem recursos do Bolsa Família. Neste mês de agosto houve um aumento de 1,15% de famílias atendidas, na comparação com o mês passado. Mas o Tocantins está na contramão dessa tendência.

Em dezembro do ano passado 159.604 mil famílias recebiam verbas do governo federal, na época o programa em vigor era o Auxílio Brasil. Agora, em agosto de 2023, 158.007 mil famílias tocantinenses estão recebendo o bolsa família. A redução é de 1.597 famílias em um período de cerca de oito meses.

Segundo dados da gestão dos cadastros do Bolsa família uma busca ativa tem sido realizada para identificar casos o benefício não deve ser pago. Para essa redução acontecer são duas principais causas:

– A primeira está relacionada a famílias que estavam recebendo o benefício de forma individualizada. Isso quer dizer que um mesmo núcleo familiar, que vive na mesma residência, tinha mais de um cadastro ativo. O que é proibido pelo programa.

– A segunda causa é sobre as famílias que já não atendem mais os critérios de recebimento do Bolsa Família. O cruzamento de informações tem apontado quem já ultrapassou a renda exigida para ser beneficiário do programa. Para receber os benefícios, a principal regra é a “renda mensal por pessoa”, que significa quanto a família ganha por mês, dividido pelo número de pessoas da família.  Se a renda mensal por pessoa for de até R$ 218 (situação de pobreza), a entrada no Programa Bolsa Família pode acontecer.

Leia também

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais