Safra de soja no Tocantins deve enfrentar custos altos e crédito restrito

A safra 2025/26 de soja no Tocantins começa em 1º de outubro, logo após o fim do vazio sanitário. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área cultivada deve chegar a 1,56 milhão de hectares, aumento de até 3% em relação ao ciclo anterior, com produção estimada em 5,76 milhões de toneladas.

O engenheiro agrônomo e inspetor de Defesa Agropecuária da Adapec, Cleovan Barbosa, aponta que cuidados no manejo são decisivos para garantir a produtividade. “É essencial utilizar sementes de alto vigor, fazer o tratamento adequado com fungicidas multissítio e sistêmico e aplicar inseticidas quando houver risco. Também é importante garantir a inoculação fresca e homogênea, eliminar tigueras e ajustar o uso de pré-emergentes conforme o solo. A limpeza das máquinas, o descarte correto dos restos culturais e o cumprimento integral das janelas legais completam esse processo”, destaca.

Ele ressalta ainda que a manutenção da sanidade depende da integração entre produtores e órgãos de fiscalização. “O cumprimento do vazio sanitário e da janela de semeadura reduz a presença de inóculos e a pressão de resistência. A rede de monitoramento, aliada a alertas e capacitações, eleva a sanidade e a produtividade, além de consolidar a reputação da soja tocantinense”, afirma.

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Entre os principais entraves apontados para esta safra estão o alto custo de insumos e serviços, as deficiências logísticas e a dificuldade de acesso ao crédito oficial, frequentemente com taxas consideradas inviáveis. Em contrapartida, as previsões climáticas indicam boas condições, com possibilidade de influência do fenômeno La Niña, o que pode favorecer os índices de chuva no Estado.

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