Quase 800 crianças e adolescentes sofreram estupro em 2022 no Tocantins, MPTO alerta sobre como identificar casos

No Estado do Tocantins, foram registrados crimes de estupro contra 796 crianças e adolescentes em 2022, entre janeiro e dezembro. A maioria das vítimas é do sexo feminino (86,2%) e tem idade de 11 a 13 anos. Por trás destas estatísticas, estão histórias de meninas e meninos com o emocional gravemente ferido e com o seu desenvolvimento muitas vezes comprometido, precisando de ajuda.

Como parte do enfrentamento a esse problema, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) e a Prefeitura de Palmas lançaram uma campanha publicitária alusiva ao 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A intenção da campanha é alertar para as alterações de comportamento que indiquem este tipo de violência e informar que as vítimas podem ser encaminhadas a qualquer das instituições que formam o Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes, como o Ministério Público, o Conselho Tutelar, a polícia ou o órgão de saúde ou assistência social mais próximo.

Anúncio no meio do texto

“As vítimas nunca estão sozinhas. Existe toda uma rede para apoiá-las, protegê-las e responsabilizar o agressor”, diz a campanha publicitária, idealizada pelo Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (Caopije) do MPTO e executada em parceria com a Prefeitura da capital.

As estatísticas mencionadas anteriormente foram geradas pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) e consideram como crime de estupro de vulnerável tanto a conjunção carnal quanto a prática de ato libidinoso. Qualquer destas situações deve ser denunciada.

Em sequência à denúncia, as vítimas têm o direito de ser ouvidas com metodologias mais humanizadas, em locais que sejam acolhedores e que tenham infraestrutura capaz de garantir a sua privacidade, nos termos da Lei Federal nº 13.431/17.

Sinais de estupro
Entre as mudanças no padrão de comportamento que podem indicar o estupro de vulnerável estão alterações de humor, agressividade repentina, vergonha excessiva, sentimento de culpa, pensamentos suicidas, angústia, perturbações do sono, perda do controle da bexiga durante o sono, alterações no apetite, entre outros. Também podem ser observadas as lesões físicas.

Suporte emocional
Além de atuar na esfera criminal em favor da responsabilização do autor do estupro, o Ministério Público do Tocantins presta auxílio às vítimas, o que é indispensável para amenizar os danos dessa violência.

Esse apoio é prestado pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais Violentos (Navit), que oferece assistência psicológica e orientação jurídica – tanto às vítimas diretas quanto aos seus familiares impactados. O serviço é desenvolvido pelo MPTO e universidades parceiras.

Como denunciar ao MPTO:
Para denunciar casos de estupro de vulnerável ao Ministério Público, acesse mpto.mp.br/ouvidoria, ligue 127, baixe o aplicativo MPTO Cidadão ou dirija-se até a promotoria de Justiça mais próxima.

Como buscar o auxílio do Navit:
Para buscar a assistência psicológica e a orientação jurídica prestada pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais Violentos (Navit), ligue (63) 3216.7616 ou envie mensagem para navit@mpto.mp.br.

Leia também

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais