Professores iniciam paralisação no Tocantins com manifestações em várias cidades
Sindicato cobra definição sobre PCCR
Professores da rede estadual de ensino paralisaram as atividades nesta quarta-feira (1º) em diversas cidades do Tocantins. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), cobra do governo estadual o envio do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Educação à Assembleia Legislativa.
Segundo o Sintet, todas as atividades escolares estão suspensas e os atos públicos começaram pela manhã. Em Palmas, a concentração ocorreu em frente à Secretaria da Educação (Seduc), às 8h30. Também houve manifestações em Paraíso, Porto Nacional, Colinas, Gurupi, Guaraí, Itacajá, Colmeia, Dianópolis, Arraias, Miracema, Augustinópolis e Tocantinópolis.
Negociações sem data definida
Na véspera da paralisação, representantes do Sintet participaram de uma reunião com a Casa Civil, a Seduc e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE). O encontro buscava uma definição sobre a data de envio do PCCR ao Legislativo, mas, segundo a entidade, o governo informou que o texto ainda está em análise. De forma extraoficial, foi mencionada a possibilidade de uma nova reunião na próxima segunda-feira (6), mas sem confirmação oficial.

A insatisfação da categoria foi reforçada nas redes sociais. Em uma publicação, uma servidora escreveu “Hoje, as salas de aula estão vazias. O silêncio que ecoa nos corredores não é falta de vontade de ensinar, mas o grito de resistência de milhares de servidores da educação. Não é apenas uma paralisação, mas é a luta pelo direito, pela garantia de uma carreira justa, de progressão justa, de respeito ao trabalho daqueles que constroem diariamente o alicerce da sociedade”.
Mobilização em todo o estado
Em vídeos publicados no perfil oficial do sindicato no Instagram (@sintet_tocantins), professores aparecem reunidos em diferentes municípios. Os atos foram marcados em pontos centrais de cada cidade, como praças e sedes do sindicato, reunindo servidores e apoiadores da pauta.
O Sintet afirma que a paralisação busca pressionar o governo a se comprometer com a valorização da carreira docente e com a implementação efetiva do PCCR.