Povos indígenas do Tocantins marcam presença em ato pela demarcação de terras em Brasília

Indígenas de pelo menos 135 etnias estão em Brasília (DF), desde a última segunda-feira, 7, na 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), que segue até esta sexta-feira, 11, com uma grande mobilização pública pela demarcação de terras indígenas e em defesa de direitos fundamentais para as pessoas dessas comunidades. Da parte do Tocantins, o Jornal Primeira Página apurou que estão presentes as etnias Xerente, Apinajé, Karajá, Karajá-Xambioá e Javaé.

Considerada a maior mobilização indígena do país, o evento deste ano propõe, além da tradicional pauta pela demarcação de terras, a defesa do regime democrático e da Constituição Federal. A estimativa é que entre 6 a 8 mil indígenas participam do Acampamento Terra Livre, localizado no antigo Complexo Funarte, no Eixo Monumental de Brasília.

Também é pauta da ATL 2025 a articulação dos indígenas para convencer os países que vem ao Brasil para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), de que a demarcação dos territórios indígenas é parte da luta contra o aquecimento da Terra. A conferência ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro deste ano.

Anúncio no meio do texto

Dentre os temas debatidos neste ano no Acampamento Terra Livre 2025, estão:

  • Conflitos em territórios indígenas
  • Criação da Comissão Nacional da Verdade Indígena
  • Câmara de Conciliação do Supremo Tribunal Federal (STF)
  • Transição energética justa
  • Resistência LGBTQIA+

Atendimentos da Defensoria Pública

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) está presente no Acampamento com atendimentos jurídicos integrais e gratuitos aos indígenas, uma atuação que foi reforçada ontem, 9, com a visita do defensor público-geral do Estado do Tocantins, Pedro Alexandre Conceição Aires Gonçalves.

“Estar no Acampamento Terra Livre reforça a missão e também o posicionamento da Defensoria Pública pelos direitos dos povos originários. A defesa dos direitos dessas comunidades, como também de comunidades quilombolas, é uma missão constitucional da Defensoria Pública e também um valor que a nós é muito caro! A Defensoria Pública não se furta a essa atuação e a faz com muito zelo, com uma atuação especializada e com muita atenção aos assistidos”, disse Pedro Alexandre.

A atuação da DPE-TO é coordenada pelo Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) após deliberação sobre a necessidade de participação no ATL, o que ocorreu em reunião ordinária do Colegiado realizada no mês passado, em Brasília.

Informações: Cléo Oliveira e Gisele França / Comunicação DPE-TO

Leia também

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais