PC conclui inquérito sobre morte de Maria Alice; imagens mostram motorista bebendo antes do acidente

A Polícia Civil de Araguaína concluiu, nesta terça-feira (1º), a investigação sobre o acidente que matou a jovem Maria Alice Guimarães, de 25 anos, ocorrido em 22 de março deste ano. Vitor Gomes Alves, estudante de Direito de 21 anos, era o condutor não habilitado que dirigia um carro de luxo, uma BMW 320i, quando colidiu com a motocicleta da vítima a uma velocidade de 191 km/h. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado com dolo eventual, pelo perigo comum e pelo meio que impossibilitou a defesa da vítima.

Vitor foi preso e está na Unidade Penal de Araguaína desde a data do acidente (22 de março). Sua defesa ingressou, no dia 23, com um pedido de liberdade provisória, que ainda não foi apreciado pela Justiça. O caso segue em segredo de justiça.

O acidente ocorreu exatamente às 6h46 da manhã, enquanto Maria Alice seguia para o trabalho em sua motocicleta. No veículo que colidiu com a traseira da moto estavam três amigos que voltavam de uma festa em uma boate: Vitor Gomes (motorista), Gustavo Fidalgo (passageiro) e Gabriel Yuzo (passageiro).

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O automóvel, avaliado em R$ 370 mil, pertence ao procurador-geral do município de Araguaína, Gustavo Fidalgo e Vicente. O veículo estava com seu filho, Gustavo Fidalgo, estudante de Medicina de 20 anos, que possui habilitação. Ele também foi autuado por entregar a direção do veículo a uma pessoa inabilitada, conforme previsto na legislação de trânsito brasileira.

O delegado Charles Marcelo Arruda, da 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Araguaína), comentou sobre o acidente e o excesso de velocidade do veículo que colidiu com a moto de Maria Alice.

“Ficou demonstrado que o autor do acidente agiu com descaso, extrema imprudência, assumindo o risco de produzir o resultado, que foi a morte da vítima. Ele estava em altíssima velocidade em um trecho onde a velocidade máxima permitida seria entre 60 e 80 km/h. Não freou, não reduziu a velocidade e há indícios de que estava sob efeito de álcool”, destacou o delegado Charles com base nas informações preliminares logo após o acidente.

Trio de amigos estava em uma boate em Araguaína; Gustavo mentiu em seu depoimento na Polícia Civil

A Polícia Civil de Araguaína conseguiu imagens de câmeras de segurança de uma boate, localizada na Av. Cônego João Lima – Entroncamento, onde os envolvidos estavam antes do acidente. Nas imagens, é possível ver o trio de amigos consumindo bebidas alcoólicas, inclusive Vitor Gomes, que dirigiu a BMW do amigo Gustavo Fidalgo.

Gustavo Fidalgo, inclusive, mentiu em seu depoimento à Polícia Civil no dia 22 de março, horas depois do acidente. Na oitiva com o delegado Charles Marcelo Arruda, ele afirmou que não havia ingerido bebidas alcoólicas, assim como o amigo, Vitor Gomes, que emprestou o carro para ele dirigir.

“Foi uma ampla investigação, na qual conseguimos encontrar novos elementos. Identificamos que o condutor da BMW estava com uma pulseira de cor rosa e, a partir disso, realizamos uma busca detalhada sobre eventos na cidade que usavam pulseiras dessa cor na data do acidente. Chegamos até a boate onde o trio que ocupava a BMW esteve antes do crime. Encontramos imagens em que os três aparecem ingerindo bebidas alcoólicas”, destaca o delegado-chefe da DHPP – Araguaína, Breno Eduardo Campos Alves.

O Jornal Primeira Página tentou contato com a defesa de Vitor Gomes e Gustavo Fidalgof, mas não obteve retorno. Espaço para manifestação segue aberto.

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