OPINIÃO: A grande chance de Eduardo Siqueira Campos para mostrar que mudou

Sandra Miranda – Jornalista

O próximo prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos irá completar 66 anos no mês de março e vem afirmando há algum tempo que amadureceu e mudou.  

A vitória nas urnas representa a maior chance da vida de Eduardo, portanto, não só para ele retornar à vida pública – da qual havia anunciado desistência, mas para mostrar que realmente passou por uma mudança interior, e que o que vem falando não é apenas um discurso vazio.  

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O Tocantins, que carrega eternamente um amor no coração pelo grande líder Siqueira Campos, e enfrenta um vácuo de lideranças há muito tempo, está à espera de um Eduardo Siqueira Campos transformado de fato.  

A julgar pelas atitudes e ações dele neste período que antecede à sua posse, as expectativas podem ser otimistas. Mas a prova de fogo mesmo para o Eduardo terá início no dia 1º de janeiro de 2025, quando se verá administrando Palmas, e começará a dar início à execução das suas propostas, contidas no Plano de Governo que entregou à Justiça Eleitoral. Plano esse que inclui diversos projetos e obras, entre eles o tão aguardado e tão prometido, hospital municipal.

A eleição em Palmas não foi a luta do Davi contra o Golias. Numa visão mais realista, no máximo, Eduardo Siqueira era um Golias disfarçado de Davi. E foi profundamente subestimado. Pelos adversários e pelos marqueteiros dos adversários, que quando perceberam, já não podiam mais nada fazer.  

Eduardo Siqueira Campos tem vasta experiência e habilidade política. Ele foi criado dentro do gabinete do pai em Brasília, foi deputado federal por dois mandatos, prefeito de Palmas no início da cidade, senador por oito anos e por duas vezes, deputado estadual. E ainda transitou pelo governo do Tocantins nos quatro mandatos de Siqueira Campos.  

Não bastasse a própria e longa carreira, o futuro prefeito de Palmas ainda é o único herdeiro político do fundador da capital, cujo nome se agiganta quanto mais o tempo passa depois da sua morte, e o velho líder Siqueira vai então se transformando, de fato, na lenda que é, na medida em que é comparado com todos os governadores e demais lideranças do Tocantins.

Uma eleição majoritária, diferente da proporcional, não caminha para a vitória sem o ingrediente da emoção. Os marqueteiros sabem disso, e esse fato era muito claro na campanha do Eduardo em Palmas, ele falava ao coração das pessoas, assim como sua esposa, a meiga e doce Polyanna Siqueira, que muito contribuiu para a vitória.  

O que atrapalhou a percepção de muita gente, e que levou inclusive, à confusão nessa questão da luta travada, é a grande rejeição ao jeito de ser do Eduardo Siqueira Campos, principalmente por parte de muitos que acompanham o Tocantins, desde antes da sua criação e tudo assistiram, tudo viveram, e sabem contar e recontar os fatos – e os erros, que presenciaram.

Quem amava o velho Siqueira Campos, queria também, como é natural, automático, amar o filho, é claro, e por não conseguir, uma mágoa tomava o peito dessa pessoa. Agora, essa mágoa pode e deve ficar para trás, e o futuro tem tudo para ser diferente, como vem mostrando até agora o Eduardo nos passos que tem dado. A certeza é que todos vão acompanhar a nova administração da capital bem de perto! Palmas e o Tocantins aguardam, cheios de expectativas. O tempo, é sempre, o senhor da razão!

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