As mortes violentas em Palmas estão se multiplicando dia após dia. Do início do ano até o agora já foram 81 assassinatos. A comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 23 homicídios, indica um aumento de mais de 250% no número de mortes violentas só na capital.
A última vítima foi um homem morto a tiros na Jardim Aureny II, O crime aconteceu nesta terça-feira, 6, em plena luz do dia. No início da semana, um homem de 32 anos foi executado com pelo menos oito tiros em frente ao colégio Aurélio Buarque no Jardim Aureny I.
No caso do crime em frente à escola, a vítima foi atingida na cabeça, no tórax e no braço. Segundo a polícia militar foi encontrado com a vítima porções de drogas, cartões, documentos e dinheiro. O homem já respondeu na justiça por crimes como homicídio, furto e roubo.
Chama atenção o fato dos crimes serem muito semelhantes. As mortes estão concentradas na região sul Palmas, local mais populoso da capital. Quem vive nos bairros da região está com medo e pede medidas para acabar com a sensação de insegurança.
Para tentar frear essa criminalidade, algumas ações têm sido realizadas. No início do mês de junho as Forças de Segurança do Tocantins compostas pela Polícia Civil (PC-TO), Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Penal, Guarda Metropolitana e demais órgãos estaduais e municipais deflagraram uma grande operação de combate à criminalidade que foi concentrada, sobretudo, na região sul de Palmas.
Também foi criado um número de WhatsApp para que a população possa denunciar homicídios em Palmas. Segundo o secretário de Segurança Pública, Wlademir Mota Oliveira, o número (63) 98131-8454 é uma ferramenta que tem como objetivo garantir um canal de comunicação acessível e disponível 24 horas por dia. “Nosso objetivo é facilitar cada vez mais o atendimento à população, por isso decidimos implementar esse canal gratuito e acessível. O WhatsApp irá se somar ao atendimento já realizado presencialmente pela DHPP”, destacou.
Além disso, líderes comunitários se reuniram com a SSP para discutir essa onda de violência. Após ouvir as lideranças comunitárias, o secretário Wlademir propôs a criação de um Comitê de Segurança Comunitária de Palmas que foi bem recebido por todos. Novas reuniões serão realizadas no sentido de concretizar a proposta. Além disso, o gestor colocou a Diretoria de Polícia Comunitária à disposição para ajudar na criação ou ativação dos Conselhos Comunitários de Segurança e Defesa Social (Conseg) em cada bairro da capital.
“Precisamos do apoio da sociedade e das autoridades competentes para o combate à criminalidade. A sociedade precisa crescer sadiamente, sem violência. Para isso, precisamos desenvolver políticas públicas e buscar soluções permanentes, para termos uma sociedade mais justa”, destacou o secretário.
Apesar da Segurança Pública estar atrelada a Polícia Militar, Polícia Civil e outros órgãos ligados majoritariamente ao governo do Tocantins. Nós também questionamos a prefeitura de Palmas sobre ações e políticas públicas para enfrentar essa criminalidade, mas nossos contatos não foram respondidos.