Mãe e filha são procuradas por aplicar golpes com falsas promessas espirituais em Araguatins
A Polícia Civil do Tocantins está à procura de Pamela Nicolete Estefano, de 37 anos, e Maria Nicolete, de 63 anos, investigadas por aplicar golpes financeiros mediante fraude espiritual.
As investigações, conduzidas pela 11ª Delegacia de Polícia de Araguatins, revelam que mãe e filha se apresentavam como líderes religiosas, conhecidas como “mães de santo”, utilizando vestes típicas, como saias rodadas e turbantes, e induziam as vítimas a entregar grandes quantias de dinheiro para supostos rituais de limpeza espiritual, quebra de maldições e atração de prosperidade.
Em um dos casos, a vítima foi convencida a vender a própria casa e entregou R$12 mil às investigadas, acreditando que o valor seria usado temporariamente em um ritual. Em outro episódio, uma mulher transferiu mais de R$36 mil após ser persuadida de que isso a protegeria de um feitiço e a faria ganhar na loteria. Após os repasses, as suspeitas desapareceram.
O delegado responsável pelas investigações, Gilmar da Silva Oliveira, espera que, com a ampla divulgação do mandado de prisão em aberto e das imagens das suspeitas, a população possa ajudar a localizá-las. “Essas mulheres enganaram as vítimas usando falsas promessas espirituais para obter dinheiro. Já há registros semelhantes em outros estados. Com a divulgação das imagens, esperamos que a população nos ajude a localizar as suspeitas e evitar que mais pessoas sejam vítimas desse golpe”, explica.
As vítimas registraram boletins de ocorrência e reconheceram as investigadas por meio de fotografias. As contas bancárias utilizadas nos crimes estavam em nome de Pamela Nicolete Estefano.
As investigações também revelam que a dupla já é alvo de outros procedimentos por estelionato, com o mesmo modus operandi. Em 2023, um inquérito foi instaurado na 101ª Delegacia de Polícia de Dianópolis, no sudeste do Estado, para apurar um golpe semelhante, também atribuído a Pamela Nicolete Estefano e sua mãe, Maria Nicolete. Além disso, há registros nos estados de Rondônia e Mato Grosso do Sul, evidenciando atuação recorrente e articulada das suspeitas.
Diante da gravidade dos fatos, do risco de novos crimes e da possibilidade de fuga, a Justiça decretou a prisão preventiva das investigadas.
Contra elas há mandados de prisão preventiva em aberto, expedidos pelo Poder Judiciário do Estado do Tocantins, após representação da Polícia Civil e parecer favorável do Ministério Público. Quem tiver informações que possam auxiliar na localização das procuradas, pode acionar a 11ª Delegacia de Polícia de Araguatins, por meio dos telefones/WhatsApp: (63) 98118-9091 ou (63) 3474-2155. O sigilo é garantido.
Informações: Hiago Muniz/Governo do Tocantins