Com o tema ‘Trabalho também é lugar de amamentar’, a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus), com o apoio das equipes de Estratégia em Saúde da Família (ESF), começa a campanha Agosto Dourado, que visa reforçar a importância do aleitamento materno nos primeiros anos de vida da criança.
Durante todo o mês, as Unidades de Saúde da Família (USFs) da Capital realizarão atividades de educação em saúde voltadas para as famílias, seguindo as orientações do Ministério da Saúde (MS). A programação será divulgada em breve. Além disso, haverá três dias ‘D’ de atividades, com abertura do evento na USF José Hermes, no Setor Sul, seguida por programação na sede da Semus e encerramento na USF da Arno 44 (409 Norte).
Para Lorena Correa, diretora da Atenção Primária, o leite materno é o melhor alimento que um bebê pode ter, principalmente por promover um melhor crescimento e desenvolvimento, além de proteger contra doenças. “A ação tem como objetivo levar informações a respeito dos benefícios do aleitamento materno, além de tirar dúvidas e fortalecer as mães que ainda não possuem confiança para amamentar, visto que precisam do estímulo e do apoio prático do pai da criança, bem como da família”, acrescentou a profissional.
Este ano, a campanha tem como foco a amamentação e o trabalho, objetivando mostrar os efeitos da licença remunerada, o apoio no local de trabalho e as normas parentais sobre a amamentação, através dos olhos dos próprios pais. As ações também têm como intuito buscar o fortalecimento das famílias e a manutenção de ambientes favoráveis à amamentação na vida profissional pós-pandemia.
A Campanha
No Brasil o mês de agosto foi instituído pela Lei n.º 13.435/2.017 como o mês do Aleitamento materno no Brasil. Nesse período são intensificadas algumas ações de conscientização e esclarecimentos sobre a importância do aleitamento materno, como a realização de palestras e eventos no âmbito da saúde.
A campanha leva esse nome porque o leite materno é considerado o padrão ouro da alimentação para os lactantes, ele é essencial desde a sala de parto, até o sexto mês, se estendendo até 2 anos ou mais. Segundo profissionais da saúde, o aleitamento materno tem benefícios fisiológicos, psicológicos e sócio-econômico-culturais para a mãe e o bebê.
Amamentação no Brasil
Dados de uma pesquisa realizada pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) encomendada pelo Ministério da Saúde (MS), aponta que o Brasil está distante das metas estipuladas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o aleitamento materno, as quais são: 70% na primeira hora de vida, 70% nos primeiros 6 meses de vida exclusivamente, 80% no primeiro ano e 60% os dois anos de vida.
O Brasil alcançou 62,4% de amamentação ao nascer na primeira hora de vida, 45,8% de aleitamento exclusivo nos primeiros 6 meses, 52,1% aos 12 meses de aleitamento materno e 35.5% aos 2 anos. No entanto, isso o coloca em situação razoável quanto aos números de aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses, porém abaixo das metas recomendadas pela OMS em relação à duração do aleitamento materno.
