Falhas na Gestão Pública da prefeitura impactam a educação de tempo integral em Paraíso do Tocantins
A falta de escolas de educação básica em tempo integral em Paraíso do Tocantins vai além de uma simples lacuna educacional, é um reflexo claro das deficiências na gestão pública local. Apesar da liberação dos recursos na ordem de R$5.832.022,64 para a construção da Escola de Tempo Integral no St. Nova Fronteira, nada foi feito até agora e a prefeitura corre o risco de perder o recurso e a população ficar sem esta obra tão importante.
O pré-candidato a prefeito de Paraíso, Osires Damaso, destinou quase R$ 6 milhões para a construção desta Escola de Tempo Integral no St. Nova Fronteira durante o mandato de deputado federal. De acordo com informações do Fundo Nacional da Educação, a estrutura que poderia ser construída com o montante beneficiaria 780 alunos. No entanto, apesar do valor estar empenhado desde dezembro de 2020, a prefeitura de Paraíso não apresentou a licitação até o momento e o recurso corre o risco de voltar para a união.
Este cenário revela a falta de execução eficiente de gestão dos recursos disponíveis e o desinteresse da prefeitura em atender às necessidades educacionais da comunidade. Paraíso tem 27 setores, dos quais 11 possuem estruturas escolares, mas nenhuma oferece a modalidade de ensino integral, essencial para o desenvolvimento educacional e social.
Para Osires Damaso, as escolas em tempo integral desempenham um papel crucial no desenvolvimento das crianças, oferecendo um ambiente seguro e estruturado onde elas podem aprender, brincar e crescer.
“Esse modelo educativo não apenas melhora o desempenho acadêmico, mas também promove o desenvolvimento social e emocional dos alunos. Por isso, essa será uma das minhas prioridades. Garantir este recurso para a construção desta a obra é meu compromisso e, com a parceria dos Governos Estadual e Federal, iremos finalizar esta escola importante para nossa cidade”, disse Damaso.
Sem opções de escolas em tempo integral na cidade, encontrar um local seguro e educativo para deixar os filhos enquanto trabalham se torna uma tarefa árdua. Neurian Gomes Teixeira, 65 anos, avó de dois bisnetos, sendo um deles com diagnóstico de autismo, enfrenta essa dura realidade. “Seria maravilhoso saber que eles não só estão bem alimentados e seguros, mas também aprendendo e crescendo. É um sonho ter essa tranquilidade e saber que eles estão recebendo o cuidado e a educação que merecem”, afirmou emocionada.
Anielle Cristina Aguiar de Sousa, educadora e mãe, ressalta o prejuízo que as famílias estão passando pela falta de escolas em tempo integral. “A falta de uma gestão política eficiente tem consequências devastadoras para a sociedade. Quando os recursos não são bem administrados e os projetos não são executados de forma eficaz, quem sofre são as crianças e suas famílias. Em Paraíso do Tocantins, a ausência de escolas em tempo integral é um exemplo claro de como a má gestão pode prejudicar o futuro das nossas crianças. A educação é a base para o desenvolvimento de qualquer sociedade, e sem ela, estamos condenando nossos jovens a um futuro incerto e limitando suas oportunidades de crescimento e sucesso”, afirmou.