Espetáculo teatral em circulação pelo Tocantins destaca a ancestralidade feminina

Uma homenagem à ancestralidade feminina, o espetáculo teatral “Mulheres que correm em nossas veias” estreia no Teatro Cora Coralina, em Paraíso do Tocantins, na próxima segunda-feira, 20, a partir das 14 horas, com entrada franca. A peça é protagonizada pela atriz Raiane Oliveira e tem na direção-geral Bárbara Tavares.

Além de Paraíso do Tocantins, haverá apresentação ainda nas cidades de Miracema, Porto Nacional, Gurupi e Palmas. As apresentações serão realizadas com acessibilidade (tradução simultânea em Libras), e, posterior desmontagem e debate sobre o tema do trabalho de mulheres artistas atuantes no estado do Tocantins, e, no mundo de forma ampla.

Sinopse:

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Durante o percurso de autoconhecimento e de viagens psíquicas por sua natureza inconsciente e subterrânea, a estudante encontra pelo caminho uma artesã de Capim Dourado (Durvalina Souza), uma artista plástica (Marina Boaventura), uma atriz (Cleuda Milhomem), e uma bailarina de dança contemporânea (Renata Souza). Dos encontros e entrevistas travadas entre a jovem estudante e as quatro mulheres artistas, surge uma personagem narradora, mítica e alegórica. A Mulher de chifres e coração grosseiro, um alterego da atriz intérprete, que apresenta ao público um universo feminino de sons, cores, imagens, danças, gestos, fragmentos das histórias de vidas, de perseveranças, sobrevivências e paixão pela Arte.

De acordo com Bárbara Tavares, o espetáculo Mulheres que Correm em Nossas Veias conta a história de uma jovem estudante de artes dramáticas que se autorretrata buscando conhecer-se. “Explorar a mulher que se é, traz à tona um elo construído por outras mulheres. Trata-se da descoberta da ancestralidade feminina que corre nas veias”, adianta a diretora.

A atriz Raiane Oliveira complementa que o espetáculo é uma homenagem feita a quatro artistas mulheres que vivem e atuam na cidade de Palmas, Tocantins, mas, é também, e, por conseguinte, uma homenagem a todas as mulheres ancestrais. “A obra teatral, simultaneamente, biográfica e documental, de intencionalidade estética crítica e feminista, fricciona questões como o corpo feminino essencialista, a exuberância da sensualidade, a maternagem, a importância social, cultural e histórica da ancestralidade e das narrativas que ampliam a visibilidade das mulheres artistas, sobretudo, mulheres, que vivem e atuam, na região Norte do país, área de Amazônia Legal, ainda muito invisibilizada para a grande parte do Brasil”, ressalta.

Projeto

O projeto é uma iniciativa da diretora Bárbara Tavares e é patrocinado pelo edital Artes Tocantins, da Lei Paulo Gustavo, via Secretaria Estadual de Cultura.

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