Dois senadores do Tocantins apoiam impeachment de Alexandre de Moraes; um é contra

A bancada do Tocantins no Senado Federal está dividida quanto ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os senadores Eduardo Gomes (PL) e Professora Dorinha Seabra (União Brasil) se posicionam a favor da abertura do processo, enquanto Irajá Abreu (PSD) se opõe à iniciativa.

Ao todo, 38 senadores já manifestaram apoio à abertura do processo, 19 se posicionaram contra e outros 24 não declararam voto, segundo levantamento atualizado do site votossenadores.com.br. Para que o impeachment seja instaurado, são necessários 54 votos favoráveis — o equivalente a dois terços dos 81 senadores.

O senador Eduardo Gomes defendeu a medida como parte de um esforço pela pacificação institucional. “O impeachment é componente de um pacote da paz voltado à reconstrução do diálogo e da estabilidade no país”, declarou durante coletiva na rampa do Congresso Nacional.

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A senadora Professora Dorinha já havia assinado o pedido formal de impeachment em setembro de 2024, também ao lado de Gomes. A decisão contrasta com a posição oficial do governo federal, do qual ela faz parte da base aliada, e tem sido interpretada como um aceno à sua base conservadora no Tocantins.

Na contramão, o senador Irajá Abreu mantém posição contrária à abertura do processo. Vinculado à ala do PSD que defende o diálogo com o STF, Irajá integra o grupo de parlamentares governistas que tentam frear o avanço da pauta.

Apesar do número crescente de apoios, o pedido segue sem andamento. A decisão de aceitar ou rejeitar a abertura do processo cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que, segundo interlocutores, não pretende pautar o tema — o que inviabiliza qualquer avanço neste momento.

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