Data Base: Sisepe lamenta decisão do Estado de negar pedido conjunto de sindicatos

Presidente do sindicato também comemora concessão de progressões, mas reclama de forma de pagamento de passivos; negócios do BRB causam preocupação.

O presidente do Sisepe-TO (Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins), Elizeu Oliveira, lamentou a decisão do governo do Estado de não conceder o índice de 7,5% de data-base que havia sido solicitado conjuntamente por 20 sindicatos tocantinenses. O governo optou por aplicar apenas 4,17%, índice que foi estendido aos outros Poderes.

“Ficamos tristes com isso. O governo não para de dizer que as finanças estão boas, tem uma letra de crédito alta, propaga investimentos, mas na hora de compartilhar as conquistas com os servidores, aqueles que sustentam o Estado e fazem toda máquina funcionar, ficamos de fora”, ponderou o líder sindical.

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Para pedir os 7,5%, os sindicatos consideraram a inflação do ano de 2024 no percentual de 4,83% (IPCA) acrescido de ganho real de 2,67%, garantindo-se assim a manutenção do poder de compra e a valorização dos servidores públicos estaduais. O pedido se justifica principalmente levando em consideração o recorde de arrecadação em 2024, demonstrando uma saúde fiscal robusta capaz de atender as demandas do funcionalismo público, sem comprometimento das finanças.

Comemoração e reclamação

O presidente do Sisepe também comemorou a concessão e pagamento de progressões para 7.795 servidores efetivos, que conquistaram o direito nos anos de 2023 e 2024. “O que está certo, tem que ser reconhecido. Na gestão atual, há muito mais celeridade na incorporação das progressões. Além disso, nós do Sisepe temos uma boa relação com o governo nessa questão e conseguimos a efetivação de milhares de progressões atrasadas, sempre resolvendo pendências administrativas”, pontuou Elizeu Oliveira.

Por outro lado, o líder sindical reclamou da forma do pagamento dos passivos dessas progressões. Usando uma lei 3.901 de março de 2022, o governo empurra os passivos para depois a partir de 2030, sobrando para o servidor a antecipação via BRB (único banco conveniado com o Estado) com juros altíssimos. “Tem servidor que possui cerca de R$ 20 mil a receber, e acaba ficando com menos de R$ 5 mil na mão)”, pontuou.

Preocupação com o futuro do BRB

Outro assunto abordado por Elizeu é o futuro do BRB. O Banco de Brasília está envolvido em uma operação polêmica de compra de 58% do Banco Master, instituição repleta de problemas financeiros e com carteira de crédito de alto risco. “Nos preocupa o banco que está assumindo o controla da folha de pagamento do Estado, que é o único parceiro do governo na questão dos passivos e comanda empréstimos consignados, praticando uma aquisição tão complicada”, disse o presidente.

Embora os assuntos sejam diferentes, uma das preocupações do Sisepe é que em um passado recente milhões do Igeprev (Instituto de Gestão Previdenciária) foram aplicados em fundos da rede de restaurantes Porcão, que acabou falindo e, assim, o dinheiro do servidor foi perdido.

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