Com suspeita descartada em Porto Nacional, Tocantins registra 15 confirmações e outras 6 notificações de sarampo
A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) informou, na manhã desta sexta-feira (1º), que o número de casos notificados de sarampo no estado subiu para 24. Desses, 18 são em Campos Lindos, cinco em Palmas e um em Porto Nacional. Ao todo, 15 casos foram confirmados — todos em Campos Lindos —, três foram descartados (dois em Palmas e um em Porto Nacional) e outros seis seguem sob investigação.
Segundo a SES-TO, todos os casos estão relacionados a pessoas não vacinadas, com histórico de contato com indivíduos que estiveram em países onde o vírus ainda circula. Os pacientes apresentaram sintomas clássicos da doença e permanecem em cuidados domiciliares.
Ações de contenção
Desde 19 de julho, a secretaria mantém equipes de vigilância em saúde em Campos Lindos, município com maior número de casos, realizando ações como orientações de isolamento e vacinação dos contatos dos infectados. Notas técnicas também foram enviadas às secretarias dos 139 municípios tocantinenses com diretrizes de vigilância e imunização.
Situação da cobertura vacinal
A cobertura vacinal contra o sarampo no Tocantins ainda está abaixo da meta recomendada de 95%. Em 2024, 93% do público-alvo recebeu a primeira dose, mas apenas 80% completaram o esquema. Em 2025, até o momento, os dados apontam cobertura de 86% para a primeira dose e 55% para a segunda. O estado conta com 323 salas de vacinação abastecidas.
Sobre o sarampo
O sarampo é uma doença viral aguda e altamente contagiosa, transmitida por vias respiratórias. Os sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza e conjuntivite. O período de incubação varia de sete a 14 dias, e a transmissão ocorre entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento das manchas.
Complicações podem incluir pneumonia, encefalite e até morte.
Prevenção e tratamento
A vacinação é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente pelo SUS. O esquema vacinal varia conforme a faixa etária, com doses previstas desde os seis meses de idade até os 59 anos. Trabalhadores da saúde devem receber duas doses, independentemente da idade.
Além da vacina, o isolamento dos casos suspeitos ou confirmados é recomendado por pelo menos quatro dias após o início das manchas. Medidas como higiene das mãos, uso de lenços descartáveis, distanciamento em locais de atendimento e limpeza de superfícies também ajudam a conter o contágio.
Não há tratamento específico para a doença, e os medicamentos utilizados servem apenas para aliviar os sintomas. A orientação da SES-TO é procurar uma unidade de saúde em caso de suspeita.