SINOPSE — “Elio” e o eterno quase das novas produções da Pixar

Há um ponto curioso na Pixar atualmente, ela ainda quer nos emocionar, mas parece ter perdido o timing da lágrima. “Elio”, nova aposta original do estúdio, confirma essa fase incomum em que a magia visual permanece intacta, mas o encantamento emocional… esse parece andar à deriva no espaço.  O filme é bonito, mas não transborda; é bem-intencionado, mas morno; é reflexivo, mas facilmente esquecível. Dirigido por um trio promissor composto por Madeline Sharafian, Adrian Molina e Domee Shi (esta última responsável pelo honesto “Red: Crescer é uma Fera”), o novo longa aposta numa narrativa de

SINOPSE — “Lilo & Stitch” emociona, diverte e faz valer a pena a adaptação

Confesso ter ido assistir ao novo “Lilo & Stitch” com um pé atrás por achar mais uma adaptação desnecessária. Toda essa quantidade de remakes live-action da Disney sempre me deixam com a sensação de “já vi isso antes”. Mas, logo nos primeiros minutos, percebi: essa nova versão não é só mais uma cópia plastificada. É uma carta de amor a um dos filmes mais originais da era pós-princesas do estúdio. Lançado originalmente em 2002, “Lilo & Stitch” surgiu como um respiro em meio a contos de fadas reciclados, um dos raros sucessos que conseguiu furar a bolha dos “esquecíveis” da época. O

SINOPSE — “Homem com H”: a resistência pela voz de Ney Matogrosso

Você não somente assiste “Homem com H”, você o sente. A jornada de Ney Matogrosso encanta, mas o filme não é só sobre isso, é sobre tudo aquilo que nos empurra para fora da caixa e nos chama à uma existência mais livre. Dirigido e roteirizado por Esmir Filho, a biopic conta a trajetória de um dos maiores nomes da música nacional e faz isso com uma entrega estética e emocional que raramente se vê em cinebiografias. Em meio a tantas produções engessadas que tentam apenas prestar uma reverência sem alma, “Homem com H” se destaca como uma obra viva, pulsante, rebelde – à altura de seu

SINOPSE — “Pecadores” a música, o sangue e a ancestralidade

Tem filme que te surpreende, tem filme que te arrebata, e tem aqueles filmes que, de forma quase mística, te atravessa. “Pecadores”, novo longa de Ryan Coogler, pertence a essa última categoria. Após anos imerso nas engrenagens das franquias, o diretor de “Pantera Negra” e “Creed” finalmente nos entrega um projeto íntimo, que revisita suas raízes familiares no Mississippi, e o resultado é uma obra potente, provocadora e ritmada como um bom e velho blues. O filme, ambientado em 1932, nos leva à fictícia Clarksville, uma cidade sulista tomada pelo calor, pelo suor, pelos fantasmas da

SINOPSE – “O Brutalista”, de Brady Corbet, soterra a dimensão humana sob as camadas de uma grandiosidade estéril

Brady Corbet é um cineasta que não se contenta com o básico. Em “O Brutalista”, ele ergue uma obra ambiciosa, esteticamente irretocável, conceitualmente robusta, mas narrativamente defeituosa. O longa é uma ode ao que há de mais admirável e também mais frustrante no cinema autoral contemporâneo: o desejo de traduzir grandes ideias em linguagem visual. O filme parte de um conceito interessante: usar o brutalismo — estilo arquitetônico marcado por concreto aparente, geometria severa e funcionalidade radical — como metáfora para a condição humana. E não apenas como alegoria rasa, mas como

SINOPSE – “Vitória”: quando a imagem se torna a força da justiça

SINOPSE é uma coluna do Jornal Primeira Página assinada por Carolinne Macedo. Tudo sobre os principais lançamentos cinematográficos do mês e um mergulho na sétima arte! Fernanda Montenegro é um monumento do cinema brasileiro, e Andrucha Waddington sabe disso. Em “Vitória”, o diretor trata a atriz como uma entidade cinematográfica, transformando cada enquadramento em um estudo de sua expressão e presença. O longa, que inicialmente estava nas mãos de Breno Silveira antes de sua morte, carrega essa mudança em sua essência. O que poderia ser um thriller político denso e tenso se molda, na

SINOPSE – “Mickey 17”: A ousada e ambiciosa critica sociopolítica de Bong Joon Ho

SINOPSE é a coluna do Jornal Primeira Página assinada por Carolinne Macedo. Tudo sobre os principais lançamentos cinematográficos do mês e um mergulho na sétima arte! Bong Joon Ho nunca foi um cineasta muito sutil em suas críticas ao capitalismo e à hipocrisia que o sustenta. Desde o lançamento de “Expresso do Amanhã” até o triunfo de “Parasita”, sua câmera sempre apontou para as injustiças estruturais do mundo moderno, escancarando a brutalidade com doses generosas de humor ácido e ironia. Com “Mickey 17”, seu novo filme, ele reafirma sua posição, agora em um cenário intergaláctico, onde

SINOPSE – “Wicked”: A grata surpresa que encanta além das expectativas

SINOPSE é a coluna do Jornal Primeira Página assinada por Carolinne Macedo. Tudo sobre os principais lançamentos cinematográficos do mês e um mergulho na sétima arte! Assistir a “Wicked” foi como embarcar em um balão mágico rumo a um espetáculo grandioso. Eu já sabia que encontraria uma superprodução repleta de figurinos deslumbrantes, coreografias bem ensaiadas e vozes impecáveis, mas o que me impactou mesmo foi a carga emocional e a relevância do enredo. Não seria exagero dizer que o filme me foi uma grata surpresa. Muito além de um musical visualmente encantador, “Wicked” se revela uma

“Duna: Parte Dois” – Um espetáculo de areia, sussurros e vazio emocional

SINOPSE é a coluna do Jornal Primeira Página assinada por Carolinne Macedo. Tudo sobre os principais lançamentos cinematográficos do mês e um mergulho na sétima arte! Que Denis Villeneuve não brinca em serviço, disso já sabíamos. Mas o retorno do diretor ao universo de Duna é uma experiência visual ainda mais apoteótica, um espetáculo cinematográfico que abraça a grandiosidade sem hesitar. “Duna: Parte Dois” é uma imersão em um mundo vasto e opressor, onde cada grão de areia parece meticulosamente posicionado para reforçar o épico. Mas, como na primeira parte, a beleza das imagens se

“Nickel Boys”:  o horror invisível de uma América ferida

RaMell Ross retorna às telas com um projeto ambicioso, mergulhando fundo nas raízes de sua filmografia com “Nickel Boys”. O filme que marca a estreia do diretor em longa-metragens é uma adaptação cinematográfica do livro de mesmo título vencedor do prêmio Pulitizer. Ross que já demonstrou maestria ao abordar a experiência negra americana em seus documentários, entrega aqui um filme de impacto inegável. A adaptação do premiado romance de Colson Whitehead se traduz em um drama de denúncia social que, além de contar uma história poderosa, reflete sobre o próprio ato de narrar traumas históricos.

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