SINOPSE — Cada ser é um universo: a profunda reflexão de “A Vida de Chuck”

Assistir “A Vida de Chuck” é se permitir uma reflexão profunda sobre a vida, o tempo e a existência. Inspirado por conceitos de física quântica e pelas ideias de Carl Sagan de que cada ser humano carrega o universo em si, Stephen King escreveu o conto que agora ganha a tela grande pelas mãos de Mike Flanagan.Conhecido por seus projetos de terror,  (desde “Hush: A Morte Ouve”, passando pela espetacular minissérie “A Maldição da Residência Hill” e pela conceituada “Missa da Meia Noite”, e culminando com a fabulosa “A Queda da Casa de Usher”), aqui o diretor se distancia do suspense habitual…

SINOPSE — “Os Roses: Até que a Morte nos Separe” fica preso entre o clássico e o esquecimento

Refazer um clássico sempre é uma aposta arriscada e “Os Roses: Até que a Morte nos Separe” prova isso em quase todas as cenas. A nova adaptação do livro A Guerra dos Roses, de Warren Adler, chega aos cinemas carregando o peso de um passado glorioso. O filme original de 1990, dirigido por Danny DeVito e estrelado por Michael Douglas e Kathleen Turner, era uma comédia agridoce irresistível, cheia de sarcasmo, ritmo e personagens memoráveis.Disponível atualmente no Disney+, ele segue sendo referência no gênero de comédias românticas. Por isso, a expectativa para esta versão era enorme,…

SINOPSE — “JUNTOS” e a covardia de um horror corporal domesticado

“Juntos”, estreia do australiano Michael Shanks em longas-metragens, é um desses filmes com uma premissa instigante, que poderia figurar entre as mais ousadas do body horror contemporâneo, mas que no percurso prefere se esquivar do risco e abraçar uma timidez desconcertante.A ironia é que justamente um filme que discute a fusão de dois corpos, de forma literal e metafórica, termina por não se entregar inteiramente à própria proposta. Falta ousadia em todos os sentidos e sobram similaridades com diversos outros filmes.A história acompanha Millie (Alison Brie) e Tim (Dave Franco), um…

SINOPSE — Superman nos mostra que até o maior dos heróis é feito de escolhas

James Gunn não quis apenas inaugurar um novo capítulo para o já conhecido azulão; ele escancarou as portas para deixar o ar entrar e permitir que o Superman respirasse novamente. Ao lado de Peter Safran, ele lança o pontapé inicial do Universo DC com uma obra que não se preocupa em contar (de novo e mais uma vez) de onde veio o último filho de Krypton, mas sim em mostrar por que ele continua sendo um farol de esperança num mundo repleto de cinismo.Nada de flashbacks intermináveis ou longas explicações mitológicas, um letreiro inicial resolve a origem e pronto, seguimos direto para a ação.…

SINOPSE — “Amores Materialistas” uma comédia romântica sobre amor e cálculos

Se os amores líquidos de Bauman ainda escorrem entre os dedos do nosso tempo, Celine Song resolve engrossar o caldo e nos servir, com ironia fina e todos os cálculos, um romance para adultos. Adultos que fazem contas, que já se decepcionaram, que têm traumas mal resolvidos, boletos vencidos e um perfil no Tinder. “Amores Materialistas”, seu segundo longa-metragem, é, acima de tudo, um filme sobre amar ciente dos riscos e da matemática. Depois do impactante “Vidas Passadas” (com duas indicações ao Oscar, de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original), a diretora troca o silêncio poético por…

SINOPSE — “Elio” e o eterno quase das novas produções da Pixar

Há um ponto curioso na Pixar atualmente, ela ainda quer nos emocionar, mas parece ter perdido o timing da lágrima. “Elio”, nova aposta original do estúdio, confirma essa fase incomum em que a magia visual permanece intacta, mas o encantamento emocional… esse parece andar à deriva no espaço. O filme é bonito, mas não transborda; é bem-intencionado, mas morno; é reflexivo, mas facilmente esquecível. Dirigido por um trio promissor composto por Madeline Sharafian, Adrian Molina e Domee Shi (esta última responsável pelo honesto “Red: Crescer é uma Fera”), o novo longa aposta numa narrativa de

SINOPSE — “Lilo & Stitch” emociona, diverte e faz valer a pena a adaptação

Confesso ter ido assistir ao novo “Lilo & Stitch” com um pé atrás por achar mais uma adaptação desnecessária. Toda essa quantidade de remakes live-action da Disney sempre me deixam com a sensação de “já vi isso antes”. Mas, logo nos primeiros minutos, percebi: essa nova versão não é só mais uma cópia plastificada. É uma carta de amor a um dos filmes mais originais da era pós-princesas do estúdio. Lançado originalmente em 2002, “Lilo & Stitch” surgiu como um respiro em meio a contos de fadas reciclados, um dos raros sucessos que conseguiu furar a bolha dos “esquecíveis” da época. O

SINOPSE — “Homem com H”: a resistência pela voz de Ney Matogrosso

Você não somente assiste “Homem com H”, você o sente. A jornada de Ney Matogrosso encanta, mas o filme não é só sobre isso, é sobre tudo aquilo que nos empurra para fora da caixa e nos chama à uma existência mais livre. Dirigido e roteirizado por Esmir Filho, a biopic conta a trajetória de um dos maiores nomes da música nacional e faz isso com uma entrega estética e emocional que raramente se vê em cinebiografias.Em meio a tantas produções engessadas que tentam apenas prestar uma reverência sem alma, “Homem com H” se destaca como uma obra viva, pulsante, rebelde – à altura de seu

SINOPSE — “Pecadores” a música, o sangue e a ancestralidade

Tem filme que te surpreende, tem filme que te arrebata, e tem aqueles filmes que, de forma quase mística, te atravessa. “Pecadores”, novo longa de Ryan Coogler, pertence a essa última categoria.Após anos imerso nas engrenagens das franquias, o diretor de “Pantera Negra” e “Creed” finalmente nos entrega um projeto íntimo, que revisita suas raízes familiares no Mississippi, e o resultado é uma obra potente, provocadora e ritmada como um bom e velho blues.O filme, ambientado em 1932, nos leva à fictícia Clarksville, uma cidade sulista tomada pelo calor, pelo suor, pelos fantasmas da

SINOPSE – “O Brutalista”, de Brady Corbet, soterra a dimensão humana sob as camadas de uma grandiosidade estéril

Brady Corbet é um cineasta que não se contenta com o básico. Em “O Brutalista”, ele ergue uma obra ambiciosa, esteticamente irretocável, conceitualmente robusta, mas narrativamente defeituosa. O longa é uma ode ao que há de mais admirável e também mais frustrante no cinema autoral contemporâneo: o desejo de traduzir grandes ideias em linguagem visual. O filme parte de um conceito interessante: usar o brutalismo — estilo arquitetônico marcado por concreto aparente, geometria severa e funcionalidade radical — como metáfora para a condição humana. E não apenas como alegoria rasa, mas como

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