Apoio para descanso, alimentos e hidratação aos romeiros do Senhor do Bonfim são oferecidos pelo governo do Tocantins
Localizada a 12 km do santuário, a barraca organizada pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), oferece suporte de apoio 24 horas por dia para descanso, cuidados com a saúde, água e alimentação aos visitantes da festa de Nosso Senhor do Bonfim, que ocorre de 6 a 17 de agosto, no povoado Bonfim, a 24 km de Natividade, no sudeste do Estado.
A Setas já promove esse atendimento aos romeiros há mais de 20 anos e chega a atender cerca de 2 mil pessoas diariamente. “O Governo do Tocantins, por meio da Setas, oferta esse espaço, onde promove suporte aos devotos, às famílias e aos grupos de romeiros que, por ali, passam para professar a sua fé. É um local para descansar, repor as energias e prosseguir em direção ao santuário”, afirma o titular da Setas, Jonis Calaça.
Os visitantes da barraca, romeiros que peregrinam entre a cidade de Natividade e o povoado do Bonfim, são recepcionados por uma equipe multifuncional, que além de oferecer apoio também esclarece as ações e serviços da Setas, tanto na área da inclusão produtiva urbana e rural, qualificações e capacitações, como os demais projetos e programas como Jovem Trabalhador e Bolsa Família.
No estande da Setas, os romeiros podem descansar e se alimentar com frutas, caldos, sucos, água mineral, café, chás e refeições saudáveis.
A professora Eudineis Dias Ferreira, de 39 anos, moradora de Santa Rosa, saiu de Ipueiras para agradecer uma benção recebida. “Vim com um grupo de amigos. Saímos de Ipueiras no sábado e já andamos em cinco dias cerca de 160 km, e ter um local de suporte e acolhimento para nos receber depois de andar nesse sol escaldante é maravilhoso”, ressalta.
Moradora de Palmas, Rosária Silva Lima, de 75 anos, quatro filhos e 11 netos, já participa há mais de 30 anos. Ela ficou três anos sem participar, insegura por conta da pandemia e, agora, retorna. “É uma grande felicidade retornar a fazer essa caminhada, é muita emoção. Esse local de apoio é muito bom, porque muita gente chega cansado e pode recuperar os ânimos, comer alguma coisa e continuar sua caminhada”, destaca.
Na ocasião, a equipe da Setas também informa sobre os cursos de inclusão produtiva e da feira de economia solidária, clube da troca solidária, nova carta de serviços de inclusão produtiva disponível nos 17 pontos de apoio de economia solidária, novo projeto básico da Força Produtiva Urbana e Rural para as mulheres oriundas dos programas de transferência de renda, a quem interessar.
A servidora da Inclusão Produtiva da Setas, Raimunda Araújo Santos, atua no ponto de apoio há mais de 20 anos, e falou da emoção de ajudar a quem por ali passa em direção ao santuário. “É um grande prazer poder servir aos romeiros que passam por aqui, necessitando de descanso, água e alimentos. Para isso, a Setas conta com a parceria da Seagro [Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária], Setur [Secretaria de Estado do Turismo], ATS [Agência Tocantinense de Saneamento], comerciantes e produtores, entre outros”, destaca.
A festa religiosa, que teve início com a novena de Nosso Senhor do Bonfim e recebe anualmente milhares de fiéis vindos de várias regiões do Tocantins e do Brasil, encerrará na quinta-feira, 17, às 7 horas da manhã, com a tradicional Missa dos Romeiros.
Romaria do Nosso Senhor do Bonfim
A tradição do Bonfim na região teve início em 1750 quando um vaqueiro encontrou a imagem religiosa na região do povoado Bonfim. Ele a teria levado para a cidade e a imagem teria desaparecido dias depois e reaparecido misteriosamente no mesmo local onde foi encontrado. Desde então, a devoção no Senhor do Bonfim foi se espalhando pela região até se tornar a maior e mais tradicional festa religiosa do Estado do Tocantins.
Durante as festividades, os romeiros saem da região central de Natividade e vão até o povoado Bonfim a pé, montado a cavalo, ou mesmo de bicicleta. Os grupos mais devotos costumam percorrer uma distância ainda maior, saindo de Gurupi e até mesmo de Palmas, distante 246 km do povoado.