Três irmãos, três investigações: conheça histórico criminal da família de Waldecir, foragido por morte de vigilante em Palmas

A morte do vigilante Dhemys Augusto Santos, de 35 anos, atingido por um disparo durante uma discussão no estacionamento do Aldeia Mall, em Palmas, trouxe à tona um conjunto de informações envolvendo o núcleo familiar paterno do principal suspeito, Waldecir José de Lima Júnior, que segue foragido. As revelações mostram que três irmãos por parte de pai estão, simultaneamente, ligados a diferentes crimes em Goiás e no Tocantins, dois deles já presos e um procurado.

Embora não haja relação direta entre os casos, a sucessão de ocorrências colocou em evidência o histórico criminal da família e o contexto paralelo a que cada um dos irmãos está associado.

Waldecir José de Lima Júnior, foragido por homicídio em Palmas

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Waldecir, de 40 anos, é suspeito de matar o vigilante Dhemys Augusto no sábado (29), após uma discussão motivada por um veículo estacionado de forma irregular. Ele possui registro como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e teve prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal de Palmas.

Câmeras de segurança registraram o momento em que Waldecir saca a pistola, aponta para o rosto do vigilante e atira. A vítima tenta segurar o braço do atirador, mas acaba atingida no abdômen. Waldecir fugiu logo após o crime e não foi encontrado pela polícia.

A Polícia Civil mantém buscas, e informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser enviadas ao Disque-Denúncia 197 ou ao WhatsApp da 1ª DHPP: (63) 8131-8454.

Waldemar José de Lima Neto, preso por mandado de operação em Goiás

Outro irmão, Waldemar José de Lima Neto, se apresentou à DRACCO, em Palmas, nesta segunda-feira (1º), onde teve um mandado de prisão cumprido. A ordem judicial é referente a uma investigação iniciada em Goiás, que apura a atuação de um grupo envolvido em grilagem, esbulhos possessórios, invasões violentas de propriedades e corrupção de agentes públicos.

Segundo investigações do Ministério Público de Goiás, a organização atuava em diferentes estados — entre eles Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Distrito Federal — desde 2019. Waldemar responde também por associação criminosa e outros delitos relacionados às ações do grupo.

A prisão não tem nenhuma ligação com o homicídio do vigilante, mas reforça que outro irmão do investigado está envolvido em um processo criminal de grande porte.

Niksson Garcia Lima, condenado por feminicídio em Goiás

O terceiro irmão por parte de pai, Niksson Garcia Lima, de 26 anos, cumpre pena pelo assassinato de Mirian da Cruz Correia de Oliveira, ocorrido em 2019, em Palmeiras de Goiás. A vítima estava grávida de quatro meses, e as investigações indicaram que o bebê seria filho de Niksson.

Mirian foi encontrada morta em uma área de mata, e o caso mobilizou autoridades pelos elementos apurados na investigação. Niksson foi preso no mesmo ano do crime e segue detido pelo feminicídio.

Assim como no caso de Waldemar, o crime não tem relação com o homicídio de Dhemys Augusto em Palmas.

Três trajetórias sob investigação, um suspeito ainda solto

Com três investigações independentes envolvendo os irmãos por parte de pai — Waldecir, Waldemar e Niksson — a Polícia Civil do Tocantins reforça que apenas o assassinato de Dhemys Augusto está sendo apurado no estado.

Mesmo assim, o mesmo sobrenome aparece ligado a diferentes processos criminais em regiões distintas, o que ampliou a repercussão do caso e tornou mais evidente o histórico da família.

Enquanto dois irmãos já estão presos, Waldecir continua foragido, sendo considerado armado e perigoso.

A Polícia Civil mantém diligências e orienta que qualquer informação seja repassada aos canais oficiais de denúncia.

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