Estado usa Dia Nacional dos Ostomizados para esclarecer direitos e ampliar informação à população

No Dia Nacional dos Ostomizados, celebrado em 16 de novembro, a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) destacou a importância da informação para combater o preconceito e ampliar a conscientização sobre a ostomia — procedimento que pode salvar vidas e garante direitos às pessoas ostomizadas. O Estado oferece assistência por meio de Centros Especializados em Reabilitação (CER) e Serviços Especializados em Reabilitação (SER), com equipes multidisciplinares em Palmas, Araguaína, Colinas e Porto Nacional.

O secretário estadual de Saúde, Vânio Rodrigues, reforçou o papel da informação na redução do estigma. “É fundamental que a sociedade compreenda que a pessoa ostomizada continua plena em suas capacidades, em seus projetos e em sua cidadania. Precisamos romper de vez com estigmas… Informação de qualidade e acolhimento são as nossas principais ferramentas para combater essas barreiras.”

As ostomias são realizadas em casos de câncer, doenças inflamatórias intestinais, traumas e más formações, e podem ser temporárias ou permanentes. No Tocantins, a maior parte das cirurgias ocorre no Hospital Geral de Palmas (HGP). O cirurgião digestivo Vinícius Alves Fonseca explica que o procedimento é decisivo para salvar vidas. “A colocação da colostomia é um procedimento que salva vidas, não é uma forma de condenação… essas pessoas só conseguem voltar a viver com segurança se tiverem esse procedimento.”

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Ele também destaca avanços no tratamento. “É importante esclarecer o papel fundamental da assistência que a Secretaria de Saúde tem desenvolvido… dedicamos três dias da semana para reversão do procedimento, porque sabemos da importância de devolver uma vida como era antes.”

A assistência inclui distribuição de bolsas coletoras, atendimentos contínuos e suporte multiprofissional. A enfermeira estomaterapeuta Andressa Ibaralujo explica como funciona o serviço. “No CER III, os pacientes são atendidos diariamente… Primeiramente é feito um cadastro e passa a receber atendimento enquanto faz uso da bolsa de colostomia. Em média, o Tocantins entrega 30 bolsas mensalmente para cada paciente.”

O corretor de imóveis Ronaldo Ernesto Fick, colostomizado desde 2016, relata como o CER foi essencial em sua adaptação. “Foi uma tragédia nos primeiros dias… e elas me ajudaram a passar por todo esse processo de aceitação e adaptação.”

Hoje, 350 pacientes estão cadastrados no serviço de reabilitação no Estado. No Brasil, mais de 400 mil pessoas vivem com ostomia, segundo o Ministério da Saúde.

A SES-TO realizará o 4º Encontro dos Ostomizados do Tocantins em 17 de novembro de 2025, no auditório do Sebrae. O médico reforça o objetivo do evento. “O evento é um momento de troca, acolhimento, reforçando que ninguém precisa passar por isso sozinho… mostrando para essas pessoas que a condição temporária é a regra.”

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