Sintet suspende greve mas repudia aprovação do projeto que reestrutura o PCCR dos professores de Araguaína
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), por meio da Regional de Araguaína, anunciou a suspensão da greve dos professores da rede municipal após a aprovação, na última terça-feira (11), do projeto de lei que reformula o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do magistério. A decisão foi tomada em assembleia, mas a categoria afirma que continuará mobilizada contra o que considera um retrocesso para a educação municipal.
O projeto, de autoria do prefeito Wagner Rodrigues (Solidariedade), foi aprovado pela maioria dos vereadores da Câmara Municipal. Apenas Tenente-Coronel Israel e Diego da APAA votaram contra a proposta. Segundo o Sintet, a medida altera conquistas consideradas históricas pelos professores e foi aprovada apesar de “inúmeros apelos e tentativas de diálogo”.
“Não pedimos privilégios, pedimos apenas a preservação de uma conquista histórica, fruto de 25 anos de luta, o nosso plano de carreira. O prefeito cometeu um grave erro contra aqueles que sempre lhe deram ouro: o ouro da educação”, afirmou Silvínia Pires, vice-presidenta do Sintet Regional de Araguaína.
A entidade criticou a postura dos parlamentares que apoiaram o projeto e declarou que os nomes dos que votaram favoravelmente “ficarão marcados na memória e na história dos profissionais da educação de Araguaína”.
Apesar das críticas, o sindicato destacou que conseguiu garantir algumas alterações no texto final do PCCR, entre elas:
- 15% de gratificação para pós-graduação;
- 20% para mestrado;
- 25% para doutorado;
- 7% na progressão horizontal;
- Garantia de 1/3 de hora-atividade;
- Garantia de 40 horas semanais para servidores concursados de 20 horas;
- Licença remunerada para aperfeiçoamento profissional.
Mesmo com esses avanços parciais, o Sintet reafirmou que o novo PCCR representa perdas para a categoria e sinalizou que seguirá acompanhando as ações do poder público.
“Continuaremos lutando por respeito, por condições dignas de trabalho e por uma política educacional que garanta o direito dos nossos alunos a uma escola pública de qualidade”, disse Rosy Franca, presidenta do Sintet Regional de Araguaína.
Informações: Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins
