Operação Opto: Polícia Civil prende acusado de tentativa de homicídio em escritório de advocacia

Crime foi motivado por desentendimento envolvendo distrato de contrato de venda de fazenda.

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP), deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 18, a Operação Opto que resultou no cumprimento de mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem, identificado pelas iniciais G.P.S.A., de 54 anos, investigado por tentativa de homicídio qualificado ocorrida no dia 25 de março deste ano, em Palmas.

As investigações conduzidas pela 1ª DHPP revelaram que o crime ocorreu durante uma reunião em um escritório de advocacia contratado pela esposa da vítima, C.E.R.B., para formalizar o distrato de um contrato de compra e venda de imóvel rural. O investigado, que atuava como corretor na transação, estava presente na reunião e teria reagido violentamente à possibilidade de anulação do negócio, o que impediria o pagamento de sua comissão pela intermediação. Durante o encontro, a vítima foi atacada com dois golpes de canivete pelo acusado, cuja prisão preventiva foi representada pela autoridade policial.

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A vítima sofreu ferimentos graves e necessitou de atendimento médico urgente. Imagens do sistema de monitoramento do escritório registraram toda a dinâmica do ataque, bem como a tentativa de fuga do agressor, que foi contido pelos advogados presentes no local.

De acordo com o delegado Eduardo Menezes, responsável pelo caso, os elementos reunidos revelam não apenas a violência do ataque, mas também o comportamento recorrente do investigado de desrespeito à ordem legal. “As investigações mostraram que o autor mantinha uma postura agressiva e intimidatória, proferindo ameaças com frequência, inclusive dizendo que mataria quem lhe devia e que no Tocantins não havia lei, pois quem mandava era ele. Esse tipo de conduta revela um total desprezo pelas instituições e reforça a necessidade da prisão preventiva como medida de proteção à sociedade”, destaca o delegado.

Ainda de acordo com as investigações, G.P.S.A. tem extenso histórico criminal, incluindo crimes de falsidade ideológica, corrupção, porte ilegal de arma de fogo e lesões corporais. Em mais de um dos registros, há o uso de arma branca como instrumento de crime, revelando padrão de comportamento violento.

Ainda segundo o delegado, a prisão preventiva se mostrou indispensável diante do risco de reiteração criminosa e da periculosidade demonstrada pelo investigado. “Trata-se de um indivíduo com histórico de condutas violentas, que age movido por interesses financeiros e demonstra absoluto desrespeito aos limites legais. A prisão é necessária para resguardar a sociedade e assegurar a continuidade das investigações com segurança. Com base nesses elementos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do indivíduo, medida que foi deferida pelo Poder Judiciário”, conclui.

Após os procedimentos de praxe, o homem será encaminhado para a Unidade Prisional de Palmas, onde permanece à disposição da Justiça. A decisão visa preservar a ordem pública e a integridade da vítima, que segue em acompanhamento médico após o atentado.

Opto

A operação foi nominada Opto em alusão à escolha pelo distrato do contrato de compra e venda que motivou o crime. O nome remete à decisão das partes de encerrar o negócio, circunstância que desencadeou o conflito investigado. Opto, em latim, significa anulação.

Por: Hiago Muniz/Governo do Tocantins

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