Servidores municipais de Palmas denunciam defasagem salarial e ausência de reajuste

Na última quinta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, os mais de 9 mil servidores concursados da Prefeitura de Palmas, através do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp), denunciaram a ausência da data-base 2025 — a reposição da inflação referente ao ano de 2024, calculada em 4,77% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que deveria ser paga desde janeiro.

Com a chegada do quinto mês do ano, os trabalhadores seguem sem o reajuste salarial. No caso dos servidores da educação e analistas em saúde a defasagem é maior, uma vez que não receberam a data-base de 2024, no percentual de 3,71%, acumulando perdas que comprometem seu poder de compra e a qualidade de vida.

“Os servidores municipais estão sendo penalizados. Eles são a espinha dorsal da prestação de serviços públicos, atuando diretamente na educação, saúde, segurança, assistência social, infraestrutura e tantas outras áreas essenciais para a população. Ignorar sua valorização é desrespeitar toda a cidade”, destaca o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque.

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Apesar de alegar falta de recursos para conceder o reajuste inflacionário, a atual gestão municipal adotou medidas que contradizem o discurso de austeridade. Entre elas, estão o aumento no número de secretarias, o reajuste dos valores de indenização por transporte, o aumento da remuneração dos cargos comissionados.

Para o Sisemp, a ausência de correção salarial reflete uma escolha política. “O servidor concursado, que cumpre rigorosamente sua carga horária e contribui de forma efetiva para o funcionamento da máquina pública e continuidade das políticas e serviços públicos está sendo deixado de lado, enquanto há aumento de gastos com cargos de livre nomeação”, afirma a entidade.

O Sisemp ressalta que a defasagem salarial compromete não apenas a vida dos servidores, mas a eficiência do serviço público. “No Dia do Trabalhador, aqueles que dedicam seus dias ao bem-estar da população de Palmas são obrigados a lutar por um direito básico: a recomposição salarial”, conclui Albuquerque.

Outra questão lembrada pelo presidente do Sisemp é que o pagamento dos servidores municipais faz a economia girar, refletindo na área de comércios e serviços e o que garante também o retorno de recursos para a economia municipal. Somente o reajuste da data-base representa uma média de R$ 5 milhões que deixam de girar mensalmente. 

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