A prefeita de Palmas Cínthia Ribeiro (PSDB) informou nas suas redes sociais que o incêndio que destruiu um ônibus da frota do transporte coletivo de Palmas nessa terça-feira, 8, aconteceu de forma suspeita.
“O incêndio do ônibus na JK não parece meramente ‘acidental’”, disse no twitter. A prefeita também informou que houve ameaças desde o início do processo que transferiu a administração do transporte coletivo de empresas privadas para a prefeitura.
“O que estamos enfrentando desde o dia em que dissemos ‘NÃO’ à concessão do transporte coletivo é assustador. Muitas ameaças desde a ruptura do monopólio. Além da perícia vamos pedir ao MPE que abra inquérito criminal”, afirmou mencionando o episódio do incêndio.
Cínthia Ribeiro informou ainda que determinou o reforço na segurança das garagens dos ônibus. “Já reforçamos a segurança da garagem central para proteger os trabalhadores da ATCP (Agência de Transporte Coletivo de Palmas) e também a nossa população”, pontuou.
Não é de agora que a prefeita informa que não aceitará que alguém ou alguma empresa cause caos para prejudicar a população. “Não aceito intimidação contra a cidade, contra o patrimônio público e contra as pessoas que aqui vivem. Miraram a prefeita, mas acertaram uma cidade inteira”, afirmou.
Perícia vai apontar causa do incêndio
A perícia criminal no ônibus que pegou fogo quando trafegava pela Avenida JK na tarde de terça-feira, 7, vai apontar a causa do incêndio que destruiu completamente o veículo do transporte coletivo da Capital. De acordo com a Agência de Transporte Coletivo de Palmas (ATCP), a gestão irá aguardar a conclusão do trabalho pericial antes de adotar qualquer medida no âmbito administrativo ou judicial.
Ainda segundo a Agência, o veículo atingido pelas chamas era um modelo do ano de 2011 e passou por um trabalho inicial de perícia pelo Instituto de Criminalística do Tocantins (IC-TO), assim que o Corpo de Bombeiros extinguiu o incêndio. Posteriormente, foi encaminhado à garagem da ATCP para a continuação dos trabalhos periciais.
O órgão responsável pela gestão do transporte na Capital informou, ainda, que todos os veículos de sua frota possuem extintor de incêndio e estão com a manutenção rigorosamente em dia. Além disso, em caso de relato de problemas por parte dos motoristas, os ônibus ficam retidos na garagem para minuciosa avaliação e reparos necessários.
Entenda
Depois de décadas que o transporte coletivo de Palmas era administrado por empresas do setor privado, no ano passado, a prefeitura decidiu não renovar a concessão e passar a gerir integralmente o transporte coletivo. Para isso foi criado a Agência de Transporte Coletivo de Palmas. Desde dezembro a agência está operando e desde o dia 1º de fevereiro de 2023, a ATCP tem comandado todo o transporte coletivo.
Durante esse período de transição, especialmente na semana passada, os passageiros do transporte coletivo foram pegos de surpresa com a redução no número de ônibus circulando por falta de motoristas. Foram vários dias de superlotação e muita espera. Para não penalizar ainda mais a população, um decreto estabeleceu catraca livre até o início do mês de março.